Estudo aponta que 85% dos clubes da Série A do Brasileirão enfrentam alto risco climático

Um levantamento inédito da consultoria ERM (Environmental Resources Management), encomendado pelo Terra FC (também conhecido como Earth FC), revelou que 85% dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro de 2024 estão em áreas sob alto risco de impacto climático severo.

Dos 20 times da elite do futebol brasileiro, 17 podem ser afetados por eventos como inundações, incêndios florestais e ondas de calor extremo nos próximos 10 anos. O estudo identificou que todas as cidades-sede dos clubes da Série A possuem algum nível de risco de queimadas.

Em 55% dessas cidades, o risco é classificado como alto, impactando diretamente clubes como Atlético Goianiense, Atlético Mineiro, Bahia, Corinthians, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo e Vitória. Nas demais localidades, o risco é considerado médio.

“As mudanças climáticas são hoje o maior adversário do futebol brasileiro”, destaca Eric Levine, diretor do Terra FC, uma coalizão global de clubes, torcedores e comunidades dedicada à sustentabilidade no esporte.

Além das queimadas, o relatório analisou o risco de inundações fluviais, urbanas e costeiras. Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Cuiabá lideram a lista das cidades mais vulneráveis, sendo que o Rio de Janeiro apresenta alto risco em todas as categorias.

Esses municípios abrigam jogos de 45% dos times da Série A, incluindo Bahia, Botafogo, Cuiabá, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Vasco e Vitória. Cerca de 30% dos clubes estão em cidades classificadas como de risco médio para eventos climáticos severos. São eles: Corinthians, Criciúma, Fortaleza, Palmeiras, Red Bull Bragantino e São Paulo.

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