Futuro secretário de Segurança de Balneário Camboriú destaca prioridades após visita à Secretaria

Evaldo Hoffmann, que assumirá a Secretaria de Segurança de Balneário Camboriú à meia-noite e um minuto do dia 1º de janeiro, já iniciou sua preparação para o cargo. Em visita recente à atual gestão, comandada por Antônio Gabriel Castanheira Junior, Hoffmann destacou um clima de cordialidade e alinhamento, além de apresentar sua visão para as mudanças e avanços necessários na pasta.

“Fui muito bem recebido pelo secretário Castanheira e sua equipe. Ele já disponibilizou a estrutura e estarei acompanhando ativamente os últimos dias de trabalho em dezembro para garantir uma transição tranquila”, afirmou Hoffmann. 

Ele enfatizou que a Secretaria de Segurança é robusta, bem estruturada em termos físicos e operacionais, mas há ajustes estratégicos que pretende implementar durante sua gestão.

Prioridades estruturais e operacionais

Entre as mudanças estruturais, Hoffmann planeja reintegrar a Defesa Civil à Secretaria de Segurança. 

“Hoje a Defesa Civil está fora, mas quero trazê-la para dentro, como um órgão de governo extremamente importante e alinhado às demais ações de segurança”, explicou.

Outro foco será a reestruturação das escalas de serviço da Guarda Municipal. Ele pretende diversificar os horários e aumentar a presença de guardas e viaturas nos momentos de maior fluxo e incidência criminal. 

“Hoje, a escala é única. Vamos implementar modalidades que já existem na Polícia Militar e ampliar a cobertura nos horários críticos”, detalhou.

Hoffmann também comentou sobre a necessidade de reforçar o arsenal da GM.

“Foram adquiridas nove carabinas calibre 9mm, mas precisaremos de mais equipamentos de ponta. No primeiro ano, vamos trabalhar para isso”, garantiu.

Segurança comunitária e bases móveis

Uma das novidades será a implementação do programa “GM Mais Comunitária”, que prevê a criação de bases móveis. Segundo Hoffmann, essas unidades funcionarão como escritórios itinerantes, montados em vans, com suporte de viaturas da GM e, quando possível, de agentes de trânsito.

“Queremos levar ações de proximidade às comunidades, visitando comércios, conversando com lideranças e promovendo patrulhamento comunitário”, afirmou.

Ele ainda sugeriu que essas bases móveis possam ser utilizadas por outras secretarias, tornando-as multifuncionais. “A ideia é oferecer uma estrutura completa que atenda tanto à Segurança quanto a outras possíveis demandas governamentais”, pontuou.

Preparação para o Réveillon e alta temporada

Com o Réveillon se aproximando, Hoffmann destacou que estará envolvido em todas as reuniões de planejamento do verão e da virada do ano, considerados os momentos de maior desafio para a segurança da cidade. 

“O apogeu da Operação Veraneio é o Réveillon. Pedi ao secretário Castanheira pela continuidade do Centro de Controle Operacional (CCO) na praia, pois alinhei com o delegado regional, Giancarlo Rossini, que poderemos ter lá no CCO a presença de dois policiais civis exclusivamente para essa função”, revelou.

Além disso, as liberações de veículos apreendidos, antes centralizadas na Ciretran, serão transferidas para o CCO durante o verão, facilitando o processo para os cidadãos.

“A maioria das remoções acontece na área central nessa época. Centralizar tudo no CCO vai agilizar o atendimento”, explicou.

Desafios no trânsito e planejamento estratégico

O trânsito é outro ponto crítico para Hoffmann, que já iniciou conversas com a BC Trânsito para evitar o caos registrado na temporada anterior – principalmente no Réveillon. Ele destacou medidas como simulações para escoar o fluxo de veículos e campanhas educativas direcionadas às cidades vizinhas. 

“Também vamos contratar uma empresa para realizar a contagem dos veículos que entram na cidade no dia 31/12, usando câmeras nos oito acessos principais. Isso nos dará dados precisos para planejamento futuro”, disse.

Hoffmann destacou que um acidente na BR-101, a ausência de shows pirotécnicos em Itajaí e Itapema e ainda o show de drones em Balneário no último ano trouxeram um público maior para a cidade, agravando os problemas de trânsito. Ele acredita que soluções integradas, como a criação de vias alternativas, podem minimizar esses impactos.