Vereador defende remanejamento do empréstimo de R$ 710 milhões para pagar dívidas de Goiânia com a saúde

O primeiro vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Thialu Guiotti (Avante), sugeriu nesta terça-feira, 26, a criação de um comitê para discutir sobre o remanejamento do empréstimo de R$ 710 milhões. O plano do vereador é destinar os recursos para a saúde pública de Goiânia e o pagamento da dívida de R$ 250 milhões com os hospitais.

“Esta Casa aprovou um empréstimo no valor de R$ 710 milhões, e esse recurso está parado, disponível, mas precisa ser utilizado para entregar os serviços à sociedade”, destacou Guiotti. “Quero fazer um convite aos vereadores para que possamos, de forma imediata, montar um grupo de trabalho e criar um comitê. O objetivo seria verificar a possibilidade de destinar os valores para a Secretaria de Saúde, permitindo que ela possa pagar os hospitais, médicos, enfermeiros e prestadores de serviços”, acrescentou.

Ainda em fala na tribuna, o vereador relembrou das mortes recentes por falta de atendimento na rede municipal. Depois, o vereador pediu ao presidente Romário Policarpo (PRD) para criar uma comissão para realizar essas discussões. Além de alfinetar o governo do prefeito Rogério Cruz (SD): “pior gestão da história de Goiânia”.

“Estamos falando de uma ideia para buscarmos uma solução que o poder público municipal possa dar dignidade aos munícipes. Através da imprensa, estamos vendo vidas se perdendo por falta de atendimento. Então a nossa ideia é remanejar o uso do dinheiro”, explica o parlamentar.

Segundo o vereador, os valores do empréstimo já estão incluídos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. Por isso, seria necessário que o Paço Municipal enviasse um novo projeto de lei a respeito. Questionado sobre isso ser realizado na atual gestão ou na próxima, do prefeito eleito Sandro Mabel (UB), ele respondeu: “de maneira imediata”.

Atualmente, o Ministério Público de Goiás apontou que a dívida do município com hospitais particulares e filantrópicos passa de R$ 250 milhões. Em levantamento próprio, Guiotti estima que a dívida com fornecedores possa chegar entre R$ 100 a R$ 150 milhões.

Após a fala, outros vereadores também defenderam a iniciativa de Guiotti, incluindo Ronilson Reis (SD), Cabo Senna (PRD), Anselmo Pereira (MDB) e Kátia Maria (PT).

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