Rogério Cruz diz que vai afastar presidente e diretores da Comurg

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), anunciou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 20, que vai afastar o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Alisson Borges, juntamente com toda a sua diretoria. Alisson Borges é um dos alvos de uma operação da Polícia Civil realizada nesta quarta, que investiga fraudes em licitações e contratos na Prefeitura de Goiânia.

“Todos os indivíduos envolvidos no processo serão afastados”, assegurou Rogério Cruz. Segundo o prefeito, a decisão foi tomada tendo como embasamento o próprio estatuto da Comurg. “Decidi que o conselho da empresa será convocado para que as medidas cabíveis em relação à diretoria executiva da empresa sejam tomadas”, declarou.

Durante as buscas realizadas na residência de Alisson, foram apreendidos alguns documentos e objetos pelos policiais. Segundo relatos, a polícia também teria confiscado quase R$ 500 mil em dinheiro, além de cartões de crédito e relógios de luxo.

Rogério Cruz ainda reforçou sua posição de colaboração com as investigações no âmbito da Operação Endrôminas. O prefeito destacou que sua administração é pautada na transparência e é a maior interessada no esclarecimento de eventuais crimes que lesam a administração e a população.

Rogério Cruz (ao centro) ao lado de Clécio e Luan Alves. | Foto: Rafael Rodrigues/Jornal Opção

“A Prefeitura de Goiânia recebeu com tranquilidade e transparência a ação da Polícia Civil, tanto aqui no Paço Municipal, quanto nos órgãos fora do Paço. E as atitudes serão tomadas de acordo com o inquérito e apontamento da Polícia Civil”, afirmou, ao reiterar que a Polícia Civil tem o apoio irrestrito da administração.

Em resposta aos questionamentos da imprensa, Rogério Cruz confirmou que os contratos licitatórios seguem o que estabelece a Lei de Licitações, e que muitas dessas empresas já prestam serviço à Prefeitura há mais de duas décadas. Assim como todos os procedimentos de tramitação de processos de licitação são acompanhados pela Controladoria-Geral do Município (CGM).

“É preciso frisar que a Prefeitura não é alvo de investigação, são nomes de pessoas físicas que prestam serviço à Prefeitura. Nenhum valor ou objeto de valor foi encontrado em órgão da Prefeitura, em repartição pública”, reforçou o prefeito.

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