Rios atmosféricos podem ajudar a repor geleiras, mas derretimento de 273 bilhões de toneladas preocupa

A camada de gelo da Groenlândia, que possui espessura de 3 mil metros, está derretendo, o que preocupa cientistas. Porém, um estudo revelou que rios atmosféricos, um fenômeno climático que se pensava derreter a neve, estão ajudando a repor esse manto gelado.

Os fluxos são associados ao transporte de calor e umidade de baixas latitudes para o Ártico. Em grande parte dos casos, o fenômeno intensifica o derretimento do gelo. Porém, em 2022, um rio atmosférico intenso liberou 16 bilhões de toneladas de neve na Groenlândia. Isso foi o suficiente para compensar a perda anual de gelo da camada em 8%.

A quantidade de neve foi responsável por recarregar o manto gelado do inverno. A carga aumento o albedo da neve e atraso o início do derretimento em quase duas semanas.

O Ártico aqueceu quatro vezes mais que a média global nos últimos 45 anos. As temperaturas altas ocorrem devido às mudanças climáticas, que causam mais chuva e menos neve e, consequentemente, mais degelo.

A expectativa é que esses rios atmosféricos aumentem de tamanho e intensidade. As alterações preocupam cientistas, já que caso a camada de gelo da Groenlândia derreta, o nível do mar pode subir mais de sete metros.

Todos os anos, aproximadamente 273 bilhões de toneladas de gelo desaparecem. Nas últimas, esse derretimento foi intensificado, crescendo 36% entre os períodos de 2000–2011 e 2012–2023.

Segundo estudo liderado pelo World Glacier Monitoring Service (WGMS) na Universidade de Zurique, a perda de massa das geleiras entre 2000 e 2023. A perda total de gelo entre 2000 e 2023 chegou a 6,542 bilhões de toneladas. A perda anual do gelo adiciona 0,75 mm ao nível global do mar.

Além disso, o derretimento afeta o fornecimento de água doce. Em algumas regiões, como a Ásia Central e os Andes Centrais, as geleiras são fontes essenciais de água potável durante as estações secas.

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