Produção de ovos para consumo dispara e cresce 22,6% em Goiás, diz IBGE

A produção de ovos para consumo em Goiás atingiu um crescimento de 22,6% em 2024, consolidando-se como um dos principais destaques da agropecuária estadual, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado produziu 139,7 milhões de dúzias de ovos destinados ao consumo, superando os 113,9 milhões registrados no ano anterior e estabelecendo um recorde histórico. Apesar do avanço nesse segmento, a produção de ovos para incubação registrou queda de 4,8%, reduzindo-se para 112,6 milhões de dúzias.

Esse crescimento na produção de ovos para consumo reflete a ampliação da avicultura comercial no estado e a alta demanda do mercado interno. No cenário nacional, o Brasil também atingiu um recorde na produção de ovos, chegando a 4,67 bilhões de dúzias, um aumento de 10% em relação a 2023. Mais da metade das granjas do país, cerca de 1.136 estabelecimentos, destinam sua produção para o consumo direto, representando 82,1% do total.

Abate de bovinos e frangos também bate recordes

Outro destaque do levantamento do IBGE foi o setor de abate de bovinos em Goiás. Pela primeira vez, o estado ultrapassou a marca de 4 milhões de cabeças abatidas em um único ano, o que representa um crescimento de 13,4% em relação a 2023. Apesar de um leve recuo de 2,1% no último trimestre do ano, o resultado acumulado foi o melhor da série histórica. Esse desempenho coloca Goiás como o segundo maior estado em abates no país, com uma participação de 10,2% no total nacional, atrás apenas de Mato Grosso.

A nível nacional, o Brasil também bateu recorde no abate de bovinos, atingindo 39,27 milhões de cabeças abatidas em 2024, um crescimento de 15,2% em comparação ao ano anterior. Esse é o maior volume já registrado desde o início da série histórica, superando o recorde anterior, de 2013, quando foram abatidos 34,41 milhões de bovinos.

A produção avícola em Goiás também registrou um novo marco em 2024. Com 501,9 milhões de frangos abatidos ao longo do ano, o setor teve um crescimento de 2,6% em relação a 2023, impulsionado por altas expressivas no terceiro (6,6%) e quarto (4,9%) trimestres. O estado segue consolidando sua importância na produção nacional, que alcançou um total de 6,46 bilhões de frangos abatidos, um crescimento de 2,7% frente ao ano anterior. Os principais produtores do país continuam sendo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que juntos dominam o mercado.

Suinocultura e produção de leite

Já o setor de suínos em Goiás manteve-se estável em 2024, com um leve crescimento de 0,3% em comparação a 2023. O estado segue apresentando bons números na produção de suínos, apesar de uma redução acumulada de 2,4% em relação ao recorde de 2022. O desempenho nacional, por outro lado, registrou um novo recorde, com 57,86 milhões de cabeças abatidas, um aumento de 684,24 mil cabeças em relação ao ano anterior. Os maiores produtores do país são Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, responsáveis por 67,7% da produção nacional.

A pesquisa do IBGE também analisou a produção de leite em Goiás, que totalizou 2,20 bilhões de litros em 2024, registrando uma leve queda de 0,6% em relação a 2023. No entanto, o quarto trimestre do ano apresentou um desempenho sólido, com 591,2 milhões de litros captados. No cenário nacional, a captação de leite chegou a 25,38 bilhões de litros, um crescimento de 3,1% e o segundo maior volume da série histórica, ficando atrás apenas do recorde de 2020, quando foram registrados 25,64 bilhões de litros.

Apesar da estabilidade na produção de leite, o preço médio pago ao produtor goiano registrou variações ao longo do ano. No primeiro trimestre, o valor médio do litro foi de R$ 2,33, atingindo R$ 2,82 no último trimestre. A média anual ficou em R$ 2,73, um aumento de 8% em comparação a 2023. No Brasil, o preço médio do leite foi de R$ 2,61, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.

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