Pesquisadores encontram pegadas de 167 milhões de anos

Na Ilha de Skye, um dos locais mais emblemáticos da história escocesa, cientistas encontraram pegadas fossilizadas de dinossauros. A descoberta inclui mais de 130 pegadas preservadas na rocha, atribuídas a diferentes tipos de dinossauros. Entre eles, espécies semelhantes aos primeiros ancestrais do temido Tiranossauro Rex.

Pesquisadores da Universidade de Edimburgo conduziram o estudo, publicado nesta quarta-feira, 2. O documento, portanto, fornece pistas importantes sobre o comportamento dos dinossauros que habitaram a região. As pegadas no local têm cerca de 167 milhões de anos. Os registros contaram com o auxílio de drones, que capturaram milhares de imagens para montar modelos digitais em 3D da área.

A presença de diferentes espécies em um mesmo ponto indica que esse era um ambiente partilhado. Ou seja, onde herbívoros e predadores circulavam, possivelmente em momentos distintos, mas no mesmo ecossistema. Isso contribui para preencher uma lacuna no registro fóssil do Jurássico Médio, uma época da qual se conhece relativamente pouco.

“É um retrato muito tranquilo de dinossauros se reunindo, talvez para beber ou se deslocar entre áreas de vegetação”, disse Tone Blakesley, estudante de pós-graduação em paleontologia da Universidade de Edimburgo e principal autor do estudo.

As pegadas surgiram enquanto os dinossauros vagavam pela lagoa de águas rasas. Ao longo de milhões de anos, essas marcas se preservaram na vasta plataforma de arenito que hoje se estende até o mar.

Os registros foram encontrados há cinco anos, mas foram necessárias viagens sucessivas para descobrir a extensão total das impressões preservadas na rocha.

ALém disso, segundo o estudo, as pegadas mais impressionantes têm cerca de 45 cm de comprimento e pertencem ao megalossauro de três dedos, um predador do Jurássico Médio que ostentava garras afiadas e curvas.

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