O plano de tarifas globais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha cinco metas específicas. A guerra comercial contra o mundo afetou as relações do país tanto com nações consideradas aliadas quanto inimigas.
Trump, no entanto, congelou parte da medida. O presidente suspendeu o aumento de tarifas para a maioria dos países por 90 dias e, com isso, concentrou a guerra comercial contra a China. As tarifas contra a China foram aumentadas por Trump e alcançaram o patamar de 145%, após retaliações por parte de Pequim.
A medida de Trump tinha cinco objetivos principais: melhorar acordos comerciais; incentivar a indústria americana; enfrentar a China; aumentar a receita e reduzir os preços para os consumidores americanos.
Destes objetivos, nenhum foi conquistado oficialmente.
No momento, parceiros comerciais dos EUA negociam com o país para reduzir ou derrubar as tarifas, o que representa um sucesso parcial do presidente americano, mas apenas nesse quesito.
A medida não incentivou a indústria do país por conta da inconsistência do governo dos EUA. Por conta da imprevisibilidade, as empresas americanas devem esperar a poeira baixar para pensar em assumir grandes compromissos.
Além disso, uma guerra comercial com a China, que é a segunda maior economia do mundo e possui um exército equivalente, traz riscos. Os Estados Unidos podem, ainda, ter afastado aliados indispensáveis para um confronto desta escala.
Outro ponto, o aumento da receita, também está longe de ser alcançado. Caso as tarifas sejam mantidas, a produção doméstica americana pode aumentar, secando a fonte de receita.
Por fim, o governo americano também falhou em diminuir os preços aos consumidores americanos. Até o momento, a inflação vem crescendo no país e, caso aumente mais, poderá representar risco para o peso político de Trump e as perspectivas eleitorais republicanas no futuro.
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