O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez duras críticas aos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e pediu, em mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), que a comunidade internacional refletisse sobre o “genocídio sangrento” contra o povo palestino, especialmente durante o período da Páscoa cristã.
A declaração foi feita após a denúncia de que o Dr. Hussam Abu Safia, ex-diretor do Hospital Kamal Adwan, teria sido vítima de tortura por parte das autoridades israelenses. Petro destacou que, “no momento da paixão e morte de Jesus”, é necessário pensar na situação dos palestinos em Gaza, especialmente aqueles que estão em campos de deslocamentos e enfrentam ataques constantes.
Segundo a Defesa Civil local, cerca de 40 alvos foram atingidos por bombardeios israelenses nas últimas 24 horas, com a maioria das vítimas sendo crianças e pessoas abrigadas em campos improvisados. A ofensiva ocorreu após o Hamas rejeitar uma proposta de cessar-fogo apresentada por Israel, alegando que ela não previu o fim total da guerra.
Desde a retomada do conflito, em 18 de março, após dois meses de trégua, Israel intensificou as operações terrestres e aéreas sobre o território palestino. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu defendeu o aumento da pressão militar como estratégia para forçar o Hamas a libertar os reféns israelenses ainda excluídos em Gaza.
Morte da jornalista Fatma Hassouna comove comunidade internacional
Entre as vítimas da explosão israelense é a jornalista palestina Fatma Hassouna, morta na quinta-feira, 17, junto a outros nove membros de sua família, após um bombardeio sobre Gaza. A morte foi confirmada pela Associação do Cinema Independente para a sua Difusão (ACID), um dia após o anúncio da seleção de um documentário sobre sua vida para o Festival de Cannes.
O filme, intitulado “Put your soul on your hand and walk” (“Coloque sua alma em sua mão e ande”, em tradução livre), dirigido pela franco-iraniana Sepideh Farsi, conta a história de Fatma e inclui conversas íntimas entre o jornalista e a diretora. A estreia do documentário está prevista para o dia 14 de maio.
Conhecida por suas fotografias que retratam o impacto da guerra em Gaza, Fatma teve seu trabalho publicado em diversos veículos internacionais, ganhando reconhecimento por seu olhar sensível e denúncia da violência imposta à população palestina.
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