Luciana Amaral do Jornal Opção Entorno
Nas últimas semanas, surgiram várias especulações sobre a possível saída de Caroline Fleury à frente da Secretaria de Estado do Entorno do Distrito Federal (SEDF-GO). Agora não há mais qualquer dúvida. Ela mesma confirmou à reportagem que está se despedindo da pasta. Só falta mesmo a publicação no Diário Oficial do Estado de Goiás (DOEGO), o que deve ocorrer, no máximo, até o início de maio.
O sucessor deverá ser mesmo o ex-prefeito de Valparaíso e ex-presidente da Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB), Pábio Mossoró (MDB). Entretanto, ele não ratificou a informação. “Estou aguardando um posicionamento do governo. Oficialmente, não há nada”, desconversou. E acrescentou: “Falei com o Daniel (Daniel Vilela, vice-governador de Goiás) na semana passada e ele disse que conversaria comigo sobre isso. Então, estou aguardando o chamado. Mas prefiro falar somente depois que tiver alguma coisa concreta”.

O maior desafio
Nos mais recentes vídeos publicados nas redes sociais da Secretaria, Caroline relembra alguns momentos vividos em seus dois anos à frente da pasta, desde que recebeu o convite do governador Ronaldo Caiado (UB), em 2023. “Lembro bem que, nessa primeira conversa, o governador falou: ‘Carol, temos uma missão, a mobilidade no Entorno’”, relata.
Sobre essa questão, ela declarou ao Jornal Opção Entorno que este foi o seu principal desafio enquanto titular da SEDF-GO. Assim, quando saiu o acordo entre os governos de Goiás e do Distrito Federal para o rateio do subsídio das passagens do transporte interestadual semiurbano ligando o DF aos municípios circunvizinhos, a sensação foi de alívio. “Agora, estamos só aguardando o governo federal para assinar o protocolo de intenções e formalizar o consórcio. A União ficará responsável pela infraestrutura, enquanto Goiás e DF vão subsidiar as tarifas”, resumiu.

Encerramento de um ciclo
Caroline citou outras conquistas obtidas por meio do trabalho de articulação da Secretaria, como a realização das duas edições da feira #NoEntornoTem, que ajudou a fomentar o turismo na região; o Programa Embaixada de Portas Abertas (Pepa), feito em parceria com a Secretaria de Relações Internacionais (Serinter) do GDF; e a interlocução para a adesão de todos os municípios da Região Metropolitana do Entorno (RME) ao projeto Virada Ambiental, que promoveu o plantio, em cada cidade, de mil mudas nativas do Cerrado.
Para ela, o objetivo primordial da pasta é fazer esse trabalho de assessoramento e diálogo, com o intuito de incentivar a autonomia e o desenvolvimento da RME. “A Secretaria existe para ser essa ‘mão amiga’ dos prefeitos. O governo federal hoje reconhece a existência do Entorno e a necessidade do avanço dessas políticas públicas na região”, afirma.
Por fim, Caroline conclui: “Ciclos sempre se encerram e a gente faz isso com a sensação de dever cumprido, com a tranquilidade de ter podido contribuir e tendo a certeza de que, quem assumir, vai continuar esse trabalho pelo Entorno, porque vale a pena”.
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