Pelo segundo ano consecutivo, Caiado mostra que Goiás cresce acima da média nacional

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás encerrou o ano de 2023 totalizando R$ 336,7 bilhões, o maior valor da história. O resultado foi apresentado nesta quarta-feira, 27, e já era esperado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), pois o índice de atividade econômica medido pelo Banco Central, que antecede a divulgação do PIB, alcançou 6,1% em dezembro, melhor nível em 13 anos.

Com isso, o indicador econômico deve avançar 4,4% em relação a 2022, conforme projeção do Instituto Mauro Borges (IMB), órgão de estudos e pesquisas do Governo de Goiás. O estado também terá crescimento acima da média nacional pelo segundo ano consecutivo. Os dados revelam que o aumento do PIB foi impulsionado por um crescimento de 12,9% na atividade agropecuária, 3,8% na indústria e 2,2% nos serviços.

Governador Ronaldo Caiado durante apresentação. | Foto: Rafael Rodrigues/Jornal Opção

“Nenhum outro estado vive momento tão ascendente no país. Estamos mostrando que, com respeito ao dinheiro público, as coisas acontecem. Em Goiás, não utilizaremos mais metas do governo federal; a partir de agora, teremos como parâmetro os índices da OCDE. Nossa meta é crescer sempre acima da média nacional”, disse o governador.

De acordo com as pesquisas, a produção goiana de bens e serviços, base para o cálculo do PIB, teve um incremento de R$ 26,5 bilhões entre 2022 e 2023, com os três setores pesquisados alcançando recordes. Somente a indústria teve aumento de R$ 6 bilhões, o que representa 23% do total do PIB. O agro participa com 17,1% e o setor de serviços, com 59,7%.

Reforma Tributária

O governador voltou a criticar a Reforma Tributária, argumentando que ela resulta em uma redução na arrecadação dos estados. Ele destacou que os dados do governo estadual indicam uma queda na arrecadação devido às novas medidas implementadas. Além disso, Caiado mencionou a medida provisória 1185, que modifica as regras dos benefícios fiscais de ICMS concedidos pelos estados.

“É algo devastador. É inconcebível que o governo busque esvaziar os cofres dos empresários, desfazendo o que o estado de Goiás concedeu à indústria para atrai-la para cá. Nós abrimos mão de receita para atrair a indústria para o estado, e agora o governo emite uma medida provisória que reajusta isso e cobra PIS e Cofins”, criticou.

O presidente do IMB, Erik Figueredo, afirmou que a expectativa é de que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirme os dados apurados localmente. Até o momento, foi divulgado apenas o PIB nacional, que fechou 2023 em 2,9%, ou seja, bem abaixo do projetado para Goiás. “Vamos confirmar em breve que Goiás teve crescimento quase 60% superior ao do país”, diz.

Presidente de IMB, Erik Figueredo. | Foto: Rafael Rodrigues/Jornal Opção

“Isso quer dizer que temos quase 50% da população trabalhando. Isso é um reflexo da dinâmica econômica. Hoje a cada 1% no crescimento do PIB, geramos o dobro de empregos do que gerávamos na década de 2010. Tem algo diferente acontecendo na dinâmica do crescimento do emprego no estado”, afirmou o presidente.

Esta não é a primeira vez que o PIB goiano cresce acima do brasileiro. Em 2022, o aumento foi de 6,6%, enquanto o país cresceu apenas 2,9% no mesmo período. O número teve reflexo positivo na geração de emprego e renda, com abertura de 87 mil vagas no estado, mesmo ainda em contexto de pandemia de Covid-19.

Mais emprego e renda

Entre os diversos índices econômicos positivos conquistados por Goiás, destaca-se ainda a renda média das famílias goianas, que cresceu 24,6% em 2023, fechando o ano em R$ 2.017 mensais. O estado foi o terceiro do Brasil em termos de avanço – atrás somente do Amapá (29,1%) e de Minas Gerais (25,4%) – e ficou na oitava posição do ranking dos estados, segundo o IBGE.

Foto: Rafael Rodrigues/Jornal Opção.

No quarto trimestre do ano passado, Goiás registrou número recorde de pessoas ocupadas, com a marca de 3,8 milhões de trabalhadores, o melhor resultado desde 2012. No período, o avanço foi de 5,3%, o que equivale a 192 mil novos postos no mercado de trabalho. Já o número de desocupados foi o menor desde 2015, com 5,6%. Os dados também são do IBGE.

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