O documentário de longa-metragem “Planta de Raiz Profunda”, que retrata a vida e a luta de Francisca Américo dos Reis, parteira tradicional, benzedeira e raizeira, terá sua primeira exibição pública nesta quinta-feira, 1º, em atividade comunitária no Parque Atheneu, em Goiânia. Moradora do bairro, Dona Francisca é protagonista da obra que resgata sua trajetória em defesa do bem comum e da saúde pública, entrelaçada à espiritualidade e aos saberes ancestrais ligados à natureza. A sessão terá início às 19h, com a presença do protagonista e da equipe de produção.
Dirigido por Elisa Di Garcia e Marília da Silva , “Planta de Raiz Profunda” marca o primeiro longa-metragem das diretoras, que tem trajetória no audiovisual independente, atuando junto a diferentes grupos e coletivos. A produção foi realizada pelos produtos Digital 5 e Viralatas Movida Cultural , com recursos do Edital 06 – Desenvolvimento e Finalização da Lei Paulo Gustavo 2023 , da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás.
Ao Jornal Opção, as diretoras contam que conheceram Dona Francisca quando começaram a acompanhar o movimento de parteiras e raizeiras pela inclusão efetiva das práticas populares de saúde no SUS. “Ela foi uma guerreira nessas batalhas e sempre trouxe com muita força suas ideias nos espaços por onde passou. A gente se encantou muito com ela e as narrativas dela são mesmo de uma pessoa encantada! A gente queria que mais pessoas pudessem ouví-la também, e ela queria contar muitas coisas, às vezes diferente do que as pessoas esperavam ouvir dela. Daí surgiu o documentário”, afirmou Marília e Elisa.
Selecionado para a Mostra Goiana do 26º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás (FICA 2025), o filme será exibido também em outras localidades durante o mês de maio.
No dia 5 , data em que se celebra o Dia Internacional da Parteira Tradicional , a obra será apresentada na Residencial Real Conquista, em parceria com o Cineclube 16 de Fevereiro, o Instituto Memória e Resistência e o Cajueiro Centro de Juventude. As demais exibições aconteceram durante o Encontro Raízes, em Alto Paraíso , e em comunidades rurais de Silvânia.
Segundo as diretoras, a ideia do filme surgiu após o envolvimento com o movimento de partes e raizeiras que lutam pela eficácia das práticas populares de inclusão no SUS. “Dona Francisca foi uma guerreira nessas batalhas. Suas ideias e a forma como ela vive e narra a vida nos encantaram. Suas falas nos convidam a ser mais como o mundo precisa, especialmente diante dos desafios atuais”, destacaram Marília e Elisa.
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