Virgínia nega “cachê da desgraça alheia” mas diz que ganharia mais caso dobrasse lucro de casas de aposta

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a influenciadora digital Virgínia Fonseca negou receber a modalidade conhecida como “cachê da desgraça alheia” e afirmou que receberia 30% a mais da empresa ‘Esporte da Sorte’ caso dobrasse o lucro da casa de apostas. A influenciadora prestou depoimento nesta terça-feira, 13.

Segundo reportagem da Revista Piauí, Virgínia teria recebido um adiantamento de R$ 50 milhões em dezembro de 2022 e ganharia 30% de tudo o que os apostadores perdessem ao acessarem o site por meio de seu link, o que é conhecido como “cachê da desgraça alheia”.

Na modalidade, se um seguidor perdesse R$ 100 em uma aposta, R$ 30 iriam para Virgínia. O primeiro anúncio da influenciadora para a empresa foi veiculado em janeiro de 2023, por meio de um story no qual ela fazia uma aposta. Segundo a reportagem, a ação atraiu 120 mil novos usuários à plataforma.

Na CPI, a influenciadora afirmou que “apanhou calada”, já que o contrato exigia confidencialidade. “Fechei meu contrato com a Esportes da Sorte e, e esse valor que eles me pagaram, se eu dobrasse o lucro dele, eu receberia 30% a mais da empresa. Em momento algum sobre perdas dos meus seguidores. Não tinha nada de anormal no meu contrato”, disse.

“Mas isso não chegou a ser atingido, então eu não recebi R$ 1 a mais do que contrato de publicidade. Era um valor fixo. E lembrando que esse era uma cláusula padrão; na época, com todos os meus outros contratos, com outras empresas, era assim. Não eram só bets, todos os outros eram assim.”

A influenciadora encerou a parceria com a Esportes da Sorte e assinou contato com a Blaze, no valor de R$ 29 milhões por ano, mantendo o modelo de remuneração baseado nas perdas dos apostadores, de acordo com a Piauí.

Ela afirmou que recusa a divulgar bets irregulares. “Quando eu posto, eu sempre deixo muito claro que é um jogo, que pode ganhar ou perder; que menores de 18 anos é proibido na plataforma; se possui algum vício, é melhor não entrar; e para jogar com responsabilidade”, disse. “Estou falando por mim, não sei como outros influenciadores fazem.”

“Se realmente faz tão mal para população, proíbe tudo. Por que está regulamentando? Eu nunca aceitei fazer publicidade para casas de apostas que não estão regulamentadas e recebo muitas oportunidades. Se for decidido por vocês que ter que acabar, eu concordo.”

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