Morreu na tarde da última terça-feira, 13, o líder espírita Divaldo Pereira Franco, aos 98 anos, considerado um dos maiores divulgadores do espiritismo da era moderna, junto com personalidades como Chico Xavier e Yvonne Pereira. Divaldo enfrentava problemas crônicos de saúde, como um câncer na bexiga diagnosticado no fim de 2024.
Responsável por difundir a doutrina religiosa e fundar um dos maiores centros espíritas da Bahia, conhecido como Mansão do Caminho, renomada no Estado pelo trabalho humanitário de acolhimento às pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo crianças e adolescentes.
Ao Jornal Opção, a presidente Federação Espírita de Goiás, Márcia Ramos, afirmou que Divaldo foi uma “referência mundial da doutrina espirita”. “Ele fez um trabalho imenso que eu tive a oportunidade de acompanhar. Foi uma honra ter Divaldo ao nosso lado, um presente de Deus tê-lo em nossas vidas, e sua presença irá perdurar”, afirmou.
“Ele foi uma referência de sabedoria, de prudência, de humildade, de sentimento cristão. Temos que agradecer a Deus pois sabemos que a vida dele continua. Ele está caminhando para as estrelas e para a luz. Ele só deixou o corpo físico e estará conosco”, continuou.
Sobre comparações com Chico Xavier, Márcia afirmou que o trabalho de Divaldo foi grandioso, mas com uma importância diferente. “Cada um teve sua própria perspectiva, cada um dentro de sua área. Divaldo se insere no rol de espíritos iluminados que, com a permissão de Jesus, estiveram na Terra, mas cada um com sua característica, personalidade e missão. Divaldo teve uma missão educadora”, completou.
Divaldo Franco
Natural de Feira de Santana, interior da Bahia, o líder religioso nasceu no ano de 1927 e relatava possuir mediunidade ainda na infância com a capacidade de se comunicar com espíritos. A partir de uma conversa com uma médium espírita na juventude, Franco teria se interessado pela religião, ao qual passou a estudar os ritos e as doutrinas. Poucos anos depois, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR), conhecido como Mansão do Caminho, no ano de 1947 em Salvador.
Nas atividades religiosas, Franco se destacou pela habilidade mediúnica, especialmente na psicografia, a qual a técnica era comparada com a feitio psicográfica do escritor Chico Xavier. Ao longo da vida, o divulgador acumulou mais de 10 títulos honorários nacionais e internacionais, incluindo a Ordem do Mérito Militar em 1997, pelo governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Além da escrita, o baiano percorreu o Brasil e o mundo para a difusão do movimento, tendo visitado mais de 60 países e participado do Primeiro Encontro Mundial da Paz, da Organização das Nações Unidas (ONU) no ano 2000. As suas palestras eram conhecidas pelas mensagens de pacifismo ao redor do mundo.
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