Após a suspensão das importações de proteína de frango brasileira pela China por 60 dias, a gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, informou que Goiás deve buscar novas formas e mercados – dentre os mais de 80 abertos para o Estado – para comercializar o excedente dessa produção, normalmente destinada à China. O estado é o quinto maior exportador de carne de frango do Brasil.
Goiás tem mais de 80 mercados abertos e a China não é o principal mercado comprador do estado, informou Denise.
Segundo ela, os principais mercados para Goiás são os Emirados Árabes, o Japão, a China, a Arábia Saudita, Coreia do Sul e as Filipinas.
“O fechamento do mercado chinês para os produtos avícolas brasileiros certamente terá alguns efeitos no mercado. No entanto, o Brasil tem mais de 200 acordos firmados com vários países e esses acordos nem todos são tão restritivos como o da China”, disse.
Esses outros mercados são mais flexíveis, segundo Denise, e podem manter o comércio entre estados que não apresentaram focos – como Goiás, que não tem nenhum caso de gripe aviária no momento. Além disso, esse produto também pode ser redirecionado para o mercado interno, informou.
O Governo de Goiás trabalha com o cadastro de propriedades, de granjas, e que estas precisam empregar medidas de biosseguridade, registrar a entrada de pessoas e veículos, e realizar a desinfecção de veículos. Denise informou ainda que a Agrodefesa tem um trabalho de vigilância ativa e passiva, para evitar casos de gripe aviária.
Ativa quando a gente busca ativamente nas propriedades sinais clínicos nos animais ou presença de reação sorológica, colhendo amostras. E a passiva, quando a gente atende as notificações, que dependem mesmo da assistência técnica ou do produtor, notificar para a gente que está acontecendo uma mortalidade ou sinais clínicos de alguma doença na propriedade.
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