Os primeiros três meses de 2025 foram de valorização no mercado imobiliário goianiense, conforme mostrou o relatório da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). Segundo o documento, a valorização dos imóveis da Capital cresceu 22% se comparado ao primeiro trimestre de 2024, além disso, o preço médio das vendas dos imóveis foi 10% maior no mesmo período.
O preço médio de venda de imóveis em Goiânia no primeiro trimestre de 2025 foi de R$ 10.261 por metro quadrado, valor superior à média registrada em todo o ano de 2024, que foi de R$ 9.287. Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o mercado imobiliário da capital goiana teve crescimento de 10% no período, desempenho bem acima da média nacional, que foi de 1,9%.
Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente do Conselho da Ademi-GO, Fernando Razuk, informou que foram três os principais fatores que levaram ao aumento do preço dos imóveis na Capital: o aumento dos preços de construção, o Plano Diretor de 2024 e o crescimento da demanda. Segundo o diretor da associação, o aumento do dólar, a elevação dos juros oferecidos em investimento por bancos e a queda na mão de obra causaram uma inflação de até 1,6% no preço de construção dos imóveis.
Além disso, comenta as consequências do novo Plano Diretor de 2024 que restringiu o adensamento de imóveis em bairros em até sete vezes o que era antes. “Numa conta bem simplificada, um terreno que antes eu poderia fazer 100 apartamentos, agora eu consigo fazer 75 no máximo, e o preço do terreno não caiu. Então, eu acabo tendo menos apartamentos para diluir o preço do terreno. Mas o preço do terreno em cada apartamento tem um peso maior.”
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Por fim, o aumento da demanda pelo crescimento populacional do Estado contribuiu pela elevação dos preços, em especial de famílias e potenciais investidores que procuraram um novo investimento. Segundo Razuk, pelo menos 80% dos consumidores das novas uniades compraram o imóvel em busca da moradia, comparado com cerca de 20% dos clientes que pretendiam investir nos locais.
O aumento da demanda também foi evidenciado no relatório, que apurou um crescimento de 47% nas vendas entre os primeiros trimestres dos dois períodos, saindo de 2.007 unidades vendidas nos três primeiros meses de 2024 para 2.592 unidades no mesmo período em 2025.
Do mesmo modo, o ano de 2024 foi o maior da série histórica em dinheiro movimentado pelas vendas com valor aproximado de R$ 16 bilhões, sendo R$ 7,7 bilhões em unidades residenciais e R$ 8,2 bilhões considerando também unidades comerciais, hotéis e incorporações horizontais.
Para o diretor, considera que a alta valorização do imóvel representa um estímulo aos investidores, ao passo que imóveis se consolidam como uma alternativa a investimento no mercado financeiro.
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