Manobra Brasil-EUA na Guiana antes das eleições venezuelanas gera tensão

Uma manobra militar conjunta, envolvendo Brasil e Estados Unidos, está em andamento na Guiana. Este exercício, denominado “CORE24”, ocorre em um período de elevada atenção regional. A principal pauta de fundo é a disputa territorial de Essequibo. Esta região, rica em recursos naturais, é reivindicada historicamente pela Venezuela. A operação acontece poucos dias antes de um pleito eleitoral fundamental na Venezuela.

Seu objetivo principal é aprimorar a interoperabilidade e a capacidade de resposta conjunta a cenários diversos. A presença de tropas americanas em solo guianense reflete a crescente parceria entre Washington e Georgetown. Além disso, a Guiana mantém acordos de defesa com os Estados Unidos. O Brasil, por sua vez, participa com o intuito de fortalecer a cooperação militar e regional.

A questão de Essequibo

A região de Essequibo é objeto de uma longa e complexa disputa. A descoberta de vastas reservas de petróleo e gás natural na área intensificou a relevância estratégica do território. Portanto, a manobra militar acontece em um cenário já carregado de reivindicações e expectativas.

A ação militar conjunta, embora sem menção explícita à Venezuela, é vista como um fator a ser considerado por Caracas. O governo venezuelano, sob a liderança de Nicolás Maduro, tem utilizado a questão de Essequibo para fins de consolidação política interna. Ele tem reforçado sua retórica nacionalista, especialmente às vésperas da eleição. Desta forma, qualquer movimento externo é analisado com grande atenção na Venezuela.

A participação do Brasil na CORE24 pode ser interpretada como um reforço à posição de que a comunidade internacional observa a situação. Há um interesse claro em evitar qualquer ação unilateral que possa desestabilizar a região. Ainda assim, a Venezuela mantém firmemente sua reivindicação sobre o território de Essequibo. O cenário permanece dinâmico, com a diplomacia e a cooperação regional desempenhando papéis cruciais.

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