O governador de Goiás e pré-candidato a presidência da República, Ronaldo Caiado (UB) começa a superar a barreira do desconhecimento de parcelas dos eleitores com vistas à corrida presidencial de 2026. De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 5, Caiado cresceu seis pontos percentuais no quesito conhecimento dos eleitores de janeiro a maio, além de se mostrar mais competitivo num eventual segundo turno contra o presidente Lula (PT).
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Diretor do instituto responsável pelo levantamento, Felipe Nunes diz que o governador de Goiás “se mostra cada vez mais competitivo” e que, num eventual confronto contra o presidente Lula da Silva (PT), Caiado chega a 33% das intenções de votos. “O único nome que não parece ganhar tração ao longo dos meses, nem se mostrar competitivo diante de Lula é o do deputado federal Eduardo Bolsonaro. As intenções de voto entre eles não se alterou nos últimos 5 meses, e Lula mantém larga vantagem sobre ele (10 pontos).”
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A pesquisa mostra redução da distância entre o presidente Lula e seus potenciais adversários na eleição de 2026. Lula, que até a pesquisa anterior, de março, venceria todos os demais candidatos em eventual segundo turno, aparece com 41% das intenções de voto, em empate técnico com Tarcísio, do Republicanos, que tem 40%. Michelle tem 39% e Ratinho Júnior, do PSD, 38%.
“Pela primeira vez a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. O eleitor passou a conhecer melhor nomes como Tarcisio, Ratinho e Zema, e começa a tê-los como opção na eleição presidencial”, completa Nunes.
Segundo turno
Para um eventual segundo turno, a pesquisa traçou oito cenários. Além de Bolsonaro, Michelle, Tarcísio e Ratinho, a lista inclui o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), e os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e de Goiás, Ronaldo Caiado.

Lula teria vantagem de 2 pontos percentuais contra Ratinho (40% a 38%), de 4 pontos contra Michelle (43% a 39%) e Eduardo Leite (40% a 36%), de 9 contra Zema, de 10 contra Eduardo Bolsonaro e Caiado. O percentual dos que disseram que votariam em branco ou não iriam votar varia de 13% a 19%.
Candidaturas
A maioria continua contra a candidatura do presidente à reeleição. São 66% na pesquisa atual, contra 62% em março e 52% em janeiro. No grupo que se declara mais à esquerda, porém não lulista, 61% apoiam a candidatura do presidente e 37% são contra; entre os que informam não ter posicionamento político, 73% são contra a candidatura do presidente.
Para 65%, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível, deveria abrir mão da candidatura e apoiar outro nome, enquanto 26% dizem que ele deveria manter-se candidato, apesar da inelegibilidade.
Se Bolsonaro pudesse concorrer, haveria empate numérico entre ele e o presidente, ambos com 41% em eventual segundo turno. Ambos também têm resultados próximos quando a pergunta é sobre o maior medo do entrevistado. A volta de Bolsonaro é o que mais amedronta 45% (eram 44% em março) e a reeleição de Lula é motivo de medo para 40% (41% em março). São 7% os que disseram ter medo dos dois, em resposta espontânea.
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