O nome de Jeffrey Epstein voltou a repercutir nas redes sociais após uma troca de acusações entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk. O embate começou após críticas de Musk ao projeto de lei orçamentária defendido por Trump. Em resposta, o empresário afirmou que o ex-presidente está ligado ao escândalo sexual envolvendo Epstein, gerando uma nova onda de atenção ao caso.
“Hora de soltar a bomba realmente grande: Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos. Tenha um bom dia, DJT!”, escreveu Musk em uma rede social. A declaração reacendeu o interesse em um dos casos criminais mais polêmicos da história recente dos Estados Unidos.
Jeffrey Epstein foi um empresário americano acusado de chefiar uma rede internacional de exploração sexual de menores. Segundo o governo dos EUA, ele abusou sexualmente de mais de 250 meninas entre os anos de 2002 e 2005. Muitas das vítimas tinham menos de 18 anos e eram aliciadas com promessas de dinheiro e oportunidades. Em 2008, Epstein se declarou culpado por exploração de menores e foi condenado a uma pena considerada branda: 13 meses de prisão com possibilidade de sair para trabalhar.
O caso voltou a ser investigado em 2019, quando Epstein foi preso novamente, agora acusado de operar uma rede de tráfico sexual. Segundo as investigações, ele mantinha imóveis nos Estados Unidos e em uma ilha no Caribe onde as vítimas eram levadas para atender a seus convidados. Epstein foi encontrado morto em sua cela em agosto de 2019, um mês após sua prisão. A autópsia concluiu que ele cometeu suicídio. Dias antes de sua morte, o bilionário assinou um testamento com um patrimônio estimado em mais de US$ 577 milhões.
Após sua morte, as acusações contra ele foram encerradas, mas os procuradores afirmaram que outras pessoas envolvidas no esquema poderiam ser responsabilizadas. Em 2024, novos documentos judiciais revelaram detalhes sobre o caso, com mais de 150 nomes citados, incluindo figuras públicas como o ex-presidente Bill Clinton, o príncipe britânico Andrew e o próprio Donald Trump.
Os documentos, parte de um processo de difamação movido por Virginia Giuffre — uma das principais vítimas e acusadoras de Epstein — contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada e cúmplice do bilionário, revelaram registros de voos, listas de evidências e anotações feitas por Epstein. Ghislaine Maxwell foi condenada por recrutar menores para a rede de exploração.
Entre os registros, constam dois voos de 1994 em que o nome de Trump aparece ao lado de sua então esposa, Marla Maples, e da filha Tiffany. As anotações também mencionam as iniciais “JE”, atribuídas a Jeffrey Epstein. Apesar disso, nenhuma investigação oficial encontrou evidências de que Trump tenha cometido crimes relacionados ao caso. Os dois, no entanto, mantiveram uma relação de amizade nos anos 1990 e 2000.
As revelações também atingiram o príncipe Andrew, acusado por uma das vítimas de ter cometido abusos em 2001. Embora nunca tenha sido acusado formalmente, ele perdeu a maioria de seus títulos reais e, em 2023, fez um acordo judicial com Virginia Giuffre, negando envolvimento nos crimes.
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