O ex-deputado federal Vilmar Rocha (PSD) está acompanhando com atenção o discurso e as movimentações de Ronaldo Caiado, do União Brasil, como pré-candidato a presidente da República.
“O discurso e as ações de Ronaldo Caiado estão corretos. Primeiro, ele está se apresentando aos eleitores no momento certo. Porque precisa se tornar candidato e, por isso, necessita aparecer nas pesquisas de intenção de voto. Neste momento, as pesquisas estão mostrando muito mais conhecimento (quem é mais conhecido) do que interesse real em pré-candidatos. Segundo, está batendo duro, e de maneira certeira, no governo do presidente Lula da Silva, que, convenhamos, é abaixo da crítica”, assinala o ex-parlamentar. “Terceiro, o líder do UB é um político coerente ideologicamente.”
Vilmar Rocha considera que, firmando-se como o principal antipetista, portanto gestando uma polarização, Ronaldo Caiado pode ser mais bem notado pelos eleitores. “Percebo que o discurso firme sobre a falta de uma política de segurança para o país está sendo examinado com atenção. Sobretudo porque não é uma fala vazia. O governador deu uma ajustada de grande porte na segurança de Goiás, da capital aos municípios do interior. A criminalidade caiu, e muito, no Estado, enquanto subiu em outras regiões, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.”
Operar para obter o apoio de Jair Bolsonaro também está correto, frisa Vilmar Rocha. “Goste-se ou não de Bolsonaro, mas é um grande player da política brasileira. Tanto que ele e os políticos mais ligados à sua trajetória, como Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro, aparecem bem nas pesquisas. Portanto, se Ronaldo Caiado obtiver seu apoio, será um passo a mais para se tornar candidato a presidente. Qualificações, o líder goiano tem de sobra, inclusive em termos de decência pessoal e competência administrativa”.
Vilmar Rocha avalia que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve disputar a reeleição. “Assim, Ronaldo Caiado poderá acabando sendo o candidato da direita moderna, do centro e do bolsonarismo. Se isto acontecer, tende a derrotar Lula da Silva, cujo governo desmorona dia a dia.” (E.F.B.)
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