Operação da PF: deputado do PL em Goiás fala em “perseguição” e acredita que prisão de Bolsonaro está perto

O deputado estadual Major Araújo, do PL, chamou a operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira, 8, pela Polícia Federal (PF), de uma “grande perseguição política” fruto de uma trama que, segundo ele, estariam envolvidos o Judiciário e o PT, partido do atual presidente da República. O goiano afirmou, ao Jornal Opção, que o ex-presidente Jair Bolsonaro é o principal alvo, e que após a apreensão de seu passaporte, “o próximo passo pode ser a prisão” do ex-chefe do Executivo.

De acordo com Araújo, “é nítida a pessoalidade do STF [Supremo Tribunal Federal] com Bolsonaro e os movimentos bolsonaristas”. “É uma ditadura de toga e tudo combinado com PT e os petistas. Não é só no Judiciário”, atacou.

O parlamentar, que integra a bancada do PL na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), disse ainda que o PL de Goiás recebeu com surpresa a notícia da prisão do presidente nacional da legenda. Vale destacar que não havia mandado de prisão contra Valdemar da Costa Neto, mas ele acabou preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

A operação em questão cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares. As buscas foram autorizadas pelo STF nos estados de Goiás, Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e no Distrito Federal.

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Em Goiânia, há a informação de que um tenente-coronel do Exército alvo da operação chegou a desmaiar com a chegada da PF. Ele foi socorrido e conseguiu se recuperar, chegando, inclusive, a colaborar com as buscas policiais contra ele.

Foram presos o coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, ambos ex-assessores de Jair Bolsonaro. A PF também prendeu Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.

Tempus Veritatis

De acordo com a PF, a operação Tempus Veritatis tem o objetivo de investigar uma organização criminosa “que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.”

Ainda conforme o órgão, nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em “núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito”, com o objetivo viabilizar e legitimar uma intervenção militar.

O primeiro eixo, continua a PF, foi embasado na construção e divulgação da versão mentirosa de fraude nas Eleições de 2022, com o falso argumento de “vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”.

Já o segundo eixo de atuação, explica a PF, consistiu na prática de atos para bancar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, “com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”.

A Polícia Federal destacou que o Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento de alguns mandados, em apoio à operação.

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