Deputados da direita goiana repercutem operação da PF contra Bolsonaro e aliados

O deputado federal por Goiás Daniel Agrobom (PL) disse ao Jornal Opção enxergar “excesso e exagero” na operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. “O que estamos vendo no Brasil hoje [é que] parece que tem um pouco de excesso. Eu acho que teria que investigar mais para fazer uma operação com a grandeza dessa”.

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O parlamentar diz acreditar ainda que o PL “está sendo injustiçado”. “Mas se houve erro, tem que pagar, mas tem que ser mais aprofundado. Não pode fazer uma operação dessa simplesmente por uma delação. Para nós do PL, é triste ver esses acontecimentos”, complementou.

Agrobom diz não acreditar que a condução de Valdemar da Costa Neto, preso pela PF por porte ilegal de arma, interfere na articulação e formação de chapas para prefeito e vereadores. “É um fato isolado que aconteceu, mas o PL continua sendo grande, é o maior partido do País, isso aí não vai mudar. E eu não acredito que isso vai atrapalhar as formações de chapas, não. Por enquanto, não”, relatou.

A assessoria de Costa Neto, no entanto, negou que ele tenha sido preso e que apresentou a documentação do armamento, que pertenceria ao seu filho.

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Já deputada federal Magda Mofatto (PRD) disse que o Brasil vive um “regime ditatorial comunista”. “A gente acha estranho, mas é assim que eles operam. O exemplo está sendo copiado da Venezuela e de Cuba”, disse.

A PF cumpriu 85 medidas judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão contra o que chamou de uma organização criminosa composta por militares, assessores e apoiadores do clã Bolsonaro, que atuaram na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, com o objetivo de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à frente do Brasil.

O PL tem outro deputado federal em Goiás, Gustavo Gayer. A reportagem tentou contato com o parlamentar, que não atendeu às ligações.

Repercussão nacional

Ex-vice presidente na gestão de Bolsonaro, o senador General Hamilton Mourão disse que o inquérito busca “pelo em ovo” e que enquanto isso “ladrões de colarinho branco são anistiados e a bandidagem comum aterroriza a população que vive sob o signo da total insegurança”.

Em outra postagem, Mourão diz que nem as Forças Armadas nem a Justiça Militar podem se omitir “sobre esse fenômeno de desmando desenfreado que persegue adversários e que pode acarretar instabilidade no País”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) compartilhou foto de um encontro do ex-presidente com apoiadores e relacionou a operação ao encontro.

Flávio Bolsonaro não compartilhou nenhuma mensagem em relação à operação, enquanto Carlos Bolsonaro publicou imagens em que aparece ao lado do pai em diferentes momentos.

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