Sem respaldo de sindicato, grupo de professores da UFG vai paralisar e participar de ato em Brasília  

Com a Universidade de Brasília (UnB) em greve nesta segunda-feira, 15, um movimento de professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiu aproveitar a paralisação para também exigir melhorias. No entanto, o ato não teve adesão do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato).

O Movimento Docentes pela Democracia no Estado, que tem como um dos coordenadores o professor Sinval Martins de Sousa Filho, fará uma caravana para Brasília na próxima quarta-feira, 17. De acordo com ele, ônibus foram conseguidos para transportar professores para Brasília. 

“Queremos que a greve não seja apenas por reajuste salarial, mas por recomposição do orçamento das universidades, porque este orçamento precisa ser renovado e reestruturado. Além disso, queremos a reestruturação da carreira”, disse ao Jornal Opção. “É uma luta, porque temos que lutar contra o governo e contra o próprio sindicato”, arrematou.

O professor informou que os demais campus, como de Jataí, Catalão e Cidade de Goiás, aderiram à greve. “A UFG construindo a greve por fora, digamos assim, sem o sindicato, porque o sindicato não quer mesmo [a paralisação]”, pontua Sinval.

UFG | Foto: divulgação
UFG | Foto: divulgação

Procurada pela reportagem, o Adufg-Sindicato informou que “qualquer decisão a respeito de uma possível greve ou paralisação envolvendo os professores das universidades federais localizadas em Goiás será tomada pela categoria, pois a entidade sindical é autônoma e não uma seção sindical.”

A entidade cita que foi convocada para uma mesa de negociação para a próxima sexta-feira, 19, em Brasília. Segundo o Sindicato, é aguardado um retorno para a proposta apresentada e que as negociações “ainda estão em andamento”.

Nota Adufg-Sindicato na íntegra

O Adufg-Sindicato informa que qualquer decisão a respeito de uma possível greve ou paralisação envolvendo os professores das universidades federais localizadas em Goiás será tomada pela categoria, pois a entidade sindical é autônoma e não uma seção sindical. As assembleias extraordinárias para tratar da campanha salarial, bem como as formas de mobilização, já estão marcadas, conforme o seguinte cronograma: 23 de abril, com docentes da Universidade Federal de Catalão (UFCat); 25 de abril, com docentes da Universidade Federal de Goiás (UFG); e 30 de abril, com docentes da Universidade Federal de Jataí (UFJ).

Importante ressaltar que a Proifes-Federação – entidade à qual o Adufg-Sindicato é filiado -, entregou ao Governo Federal uma contraproposta de reestruturação da carreira do Magistério Superior e do EBTT. O documento prevê, entre outras questões, reajuste salarial em 2024, 2025 e 2026. A entidade, inclusive, foi convocada para uma nova reunião da Mesa Específica e Temporária de Educação do Magistério Federal, que será realizada na próxima sexta-feira (19/04), em Brasília, onde é aguardado um retorno para a proposta apresentada. Portanto, as negociações, até o momento, ainda estão em andamento.

As decisões no âmbito da UFG, da UFCat e da UFJ serão tomadas por meio do diálogo com toda a categoria. Greve é uma ferramenta para o trabalhador e deve ser usada de forma eficiente, inteligente e no momento certo.

Diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiá

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