O Irã realizou no último sábado, 13, um grande ataque contra Israel, em resposta à um bombardeio no consulado iraniano na Síria. De acordo com as Forças de Defesa Israelenses (IDF), mais de 300 drones e mísseis foram disparados contra seu território. Só que “99%” dos projeteis teriam sido abatidos com sucesso, segundo as autoridades locais.
O ataque deixou o mundo em alerta para a possível escalada de tensão no Oriente Médio, com possibilidade de resultar em um conflito direto entre Irã e Israel, e a participação indireta de outras nações, em uma certa “guerra de procuração”. Ainda há quem acredite que disputa entre os dois países possa ser o “estopim” para a “3ª Guerra Mundial”.
Para o professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Danilo Alarcon, existe a possibilidade de escalada para um conflito direto. Ao mesmo tempo, não descarta o aumento da influência de outras potências, como Estados Unidos e Rússia.
“A situação como está moldada hoje, tem sim a possibilidade de um conflito que não envolva apenas Irã e Israel”, analisa o especialista em Oriente Médio. “Isso ficou comprovado nesta semana com os Estados Unidos, Reino Unido e França mobilizando embarcações no Mar Vermelho para derrubar os drones e mísseis. Ao mesmo tempo, existe a posição da Rússia e da China considerando o ato iraniano como autodefesa e não uma retaliação”, acrescenta.
Já o professor Giovanni Hideki Chinaglia Okado, que também é do curso de Relações Internacionais da PUC-GO, aponta que qualquer escala depende da retaliação de Israel. “A história militar israelense demonstra que o país normalmente costuma agir de maneira rápida, intensa e decisiva. Há um grande dilema nessa resposta para não causar mais tensões ou que o conflito escale para uma possível guerra direta entre os países”, explica.
Por outro lado, Okado ressalta ser necessário observar o posicionamento dos aliados de Israel e Irã. A análise é de que as grandes nações devem influenciar no rumo da tensão que ocorre dentro do Oriente Médio. Por isso, ele pontua que a tensão não causará uma “3ª Guerra Mundial”, mas não descarta uma possível guerra por procuração.
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