Centro-Oeste deve ser uma das regiões mais afetadas economicamente por mudanças climáticas

As mudanças climáticas deverão exercer forte impacto na economia mundial, especialmente no sul global, ao longo das próximas décadas. No Brasil, as regiões mais afetadas economicamente pelo aquecimento global serão o Norte e Centro-Oeste, revela estudo publicado na revista científica Nature. De acordo com a publicação, o aumento da temperatura média global, somada a ondas de calor mais intensas e redução das precipitações, já afetam o preço de alimentos e outros bens em todo o mundo.

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A pesquisa cruzou informações sobre economia local de mais de 1.600 regiões em todo o mundo, compreendendo dados climáticos e de renda dos últimos 40 anos. Segundo a publicação, os principais dados devem ocorrer devido às mudanças na temperatura média dessas regiões, além da redução do volume das chuvas.

“Ao projetar os futuros danos econômicos da mudança climática, fazemos uso de avanços recentes em econometria do clima que fornecem evidências para impactos no crescimento econômico subnacional a partir de numerosos componentes da distribuição de temperatura e precipitação diárias”, diz o artigo.

O estudo projeta uma redução da renda da população em cerca de 20% nos próximos 26 anos “independentemente das escolhas futuras”. “Isso ocorre devido ao fato de que as mudanças projetadas nas condições climáticas são muito maiores do que aquelas experimentadas historicamente, especialmente para mudanças na temperatura média”, revela.

A publicação revela ainda que mesmo que os níveis de renda per capita aumentem, os danos anuais globais devem girar, no ano de 2049, em torno de US$ 38 trilhões de dólares. A tendência é que haverá uma piora do cenário climática até 2035.

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