Eerizania Freitas: “Meu diferencial é a experiência e conhecimento da administração pública”

Eerizania Freitas tem 49 anos de idade, é servidora pública de carreira, e se orgulha de ter participado de cinco gestões municipais. Graduada em Letras, com especialização em gestão e planejamento educacional. Ela se tornou professora e teve experiências na área de coordenação pedagógica e gestão de pessoas, com foco em planejamento e liderança. A pré-candidata acredita que “tudo na educação é investimento”.

Na cidade de Anápolis, o peculiar nome de Eerizania já é conhecido, principalmente entre os educadores, servidores municipais e assistentes sociais. Atualmente, na gestão de Roberto Naves, ela é coordenadora de Políticas Sociais. Anteriormente, atuou nas pastas de Educação, Integração Social, Cultura, Esporte, Trabalho, Emprego e Renda.

Há mais de 20 anos como servidora pública em Anápolis, ela trabalhou durante os governos de Alcides Rodrigues, Pedro Sahium, Antônio Gomide, João Batista e Roberto Naves. Entretanto, ela afirma que sua maior inspiração política está na figura do governador Ronaldo Caiado, que a convidou para o partido que preside no estado de Goiás.

Euler de França Belém – Qual a origem desse nome, tão diferente?

Meu nome foi escolhido pelo meu pai, em Porangatu, quando ele pegou a lista de aprovados na classificação de um processo seletivo. Então, há mais de 40 anos atrás, meu pai viu essa aprovação e achou que soava como um nome forte, e escolheu para nomear a segunda entre quatro filhos. Eu acho que é um nome expressivo, eu louvo a Deus pela escolha do meu pai. E é um nome diferente.

Euler de França Belém – E você tem algum apelido? Como as pessoas te chamam?

Bem, as pessoas falam muita coisa. Eles me chamam de Eerizania, super-secretária, dama de ferro ou de aço [risos]. Acho que esse apelido é sobre minha postura extremamente firme.

Ton Paulo – Hoje, sabemos que você é pré-candidata à prefeitura de Anápolis. Agora, me fale um pouco por onde você passou, qual foi sua trajetória? Quem é a Eerizania?

A Eerizania é uma mulher temente a Deus, filha da dona Cleuza e do senhor José, que é um pedreiro. Meu pai proveu o sustento dos seus quatro filhos com as ferramentas de trabalho, cimento e tijolos. É mãe da Ana Carolina e do João Vitor, constituiu família na cidade de Anápolis e consolidou uma longa trajetória profissional. Ela é servidora pública há mais de 20 anos. Foi gestora de várias políticas sociais, por exemplo, na educação, assistência social, cultura, esporte, formação profissional, então tem uma ampla experiência. O que eu entendi, com toda essa experiência pessoal, foi que a prioridade deve ser cuidar das pessoas. Essa é a minha prioridade, eu andei por todos os bairros de Anápolis, conheço os quatro cantos da cidade. Eu tive a oportunidade de conversar com os cidadãos anapolinos, e ouvi deles as suas dificuldades, as demandas de cada região. Eu resumiria que a Eerizania é uma servidora pública que conhece os quatro cantos da cidade e entende que a prioridade de uma gestão deve ser cuidar das pessoas.

Ton Paulo – No cenário anapolino, até algum tempo atrás, o candidato do prefeito Roberto Naves era Márcio Cândido. Depois ocorreram algumas mudanças e ele declarou apoio à senhora, que inclusive é uma pessoa de confiança do atual prefeito. Como foram essas articulações para essa eleição?

A primeira coisa que precisamos entender é que sempre foi um nome cogitado no cenário político. E a minha projeção se dá justamente pela minha trajetória e experiência, assim como pela gestão que fiz em várias pastas. Já tive a oportunidade de trabalhar com cinco prefeitos, sei o que deu certo em cada uma dessas gestões. O nome “Eerizania Freitas” sempre foi articulado e comentado. Essa mudança na articulação aconteceu quando houve um consenso entre o governador Ronaldo Caiado (UB) e o prefeito Roberto Naves (Republicanos), o governador me fez o convite para o União Brasil e, com as lideranças da cidade, ocorreu um alinhamento. Assim, eu venho como pré-candidata a prefeita de Anápolis, e isso para mim é uma honra, porque eu entendo a missão. É um sonho, mas eu tenho plena noção da minha responsabilidade quando eu tenho um nome como o do melhor governador do Brasil na indicação, pelo partido que ele lidera.

“Roberto Naves muito contribuiu com o desenvolvimento de Anápolis, em realizações como a UPA pediátrica e a Força Tática”, diz Eerizania Freitas | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Ton Paulo – Após retirar o próprio nome, Márcio Cândido (PSD) apoiou o nome da senhora. Como está essa questão? Vocês estão caminhando juntos em Anápolis?

Eu tenho todo o respeito pelo Márcio Cândido, é uma pessoa que muito me ensinou, muito me ensina. Eu tenho seu apoio. Há uma fala muito importante dele, de que os interesses da cidade são aquilo que realmente prevalece para nós. E entendendo a importância desse convite do governador e, com o consenso entre os líderes Roberto Naves e Ronaldo Caiado, há um apoio pleno do vice-prefeito Márcio Cândido.

Ton Paulo – Mesmo que indiretamente, você representa o projeto da atual prefeitura. Com o apoio do prefeito e do governador, as pessoas associam a senhora ao prefeito. Por que o atual projeto de Anápolis deveria continuar na figura da senhora? Quais são os feitos da gestão Naves que a senhora gostaria de manter em sua gestão?

Como eu disse, eu sou servidora há mais de 20 anos, então eu tive a oportunidade de trabalhar com cinco prefeitos. Eu sei dos grandes avanços de cada uma dessas gestões e em todas elas houveram erros e acertos. A gestão do prefeito Roberto Naves muito contribuiu com o desenvolvimento de Anápolis. Há feitos inéditos na gestão, posso citar, por exemplo, a referência pediátrica que é a UPA de Anápolis. Uma das prioridades do prefeito também foi a segurança pública, a força tática, a gente precisa reconhecer os grandes feitos. Mas preciso dizer aqui, como pré-candidata, apresento uma proposta própria, da Eerizania Freitas, que atende aos interesses da população. Tenho o apoio pleno do Roberto Naves, muito aprendi com o prefeito, tenho como líder que me inspira o governador Ronaldo Caiado, mas eu tenho o meu jeito de administrar e de fazer a gestão de uma cidade. Então eu não diria que é uma continuidade, eu diria que vou aproveitar aquilo que deu certo, dar continuidade e ampliar, mas com o jeito Eerizania de fazer gestão. E eu tenho convicção de que tenho capacidade para fazer a gestão de uma cidade tão importante quanto Anápolis.

Ton Paulo – Então, caso eleita, faria uma administração completamente independente e autônoma? Porque, o que acontece muitas vezes é que a pessoa eleita com apoio da gestão anterior acaba continuando aquela gestão e ficando com aquele antigo gestor ainda por trás na articulação, por exemplo. No caso da senhora, você não contaria com o Roberto Naves como uma figura conselheira, seria uma administração independente?

A figura do prefeito Roberto Naves, para mim, é inspiração e aprendizado a partir dos vários projetos que deram certo. Em todas as gestões que participei houveram erros e acertos. Minha grande inspiração como líder é o governador Ronaldo Caiado, e quando falamos de projetos e avanços, nós temos no estado grandes aspirações. Aqui no estado de Goiás, por exemplo, nós temos os melhores projetos na área do social. Temos a segurança de Goiás em primeiro lugar, saúde, políticas de profissionalização e educação, então é aqui que a gente tem os melhores projetos do Brasil. Eu venho com o meu estilo de fazer gestão, me sinto preparada e capacitada para isso, em razão de toda a experiência profissional que tenho, mas principalmente, por conhecer toda a cidade e entender que a prioridade de um gestor deve ser cuidar das pessoas. A prioridade de um gestor deve ser emancipar as famílias em situação de pobreza para que elas tenham independência e dignidade. Essa precisa ser a prioridade, por exemplo, para fazer o plano de gestão. É conhecer a cidade e, a partir daquilo que a população apresenta como dificuldade, elaborar com os melhores técnicos a proposta que eu vou oferecer para a cidade. Então é o jeito de fazer gestão da Eerizania, que está preparada em razão de sua experiência e por conhecer as dificuldades da população por acompanhar de perto e ser da ponta, além de ter tido acesso aos exemplos dos prefeitos com os quais trabalhei.

Ton Paulo – Atualmente, a gestão do Roberto Naves enfrenta críticas sobretudo em relação à saúde municipal, as pessoas reclamam de superlotação, de infraestrutura. A senhora sendo eleita, a questão da saúde vai ser uma prioridade? Quais outras lacunas podem ser corrigidas?

A gente precisa entender que ainda há uma demanda que é atendida na unidade de pronto atendimento e que poderia ser atendida lá no posto de saúde. Então, quando eu amplio o horário de atendimento das unidades básicas de saúde, eu faço com que o cidadão, ao procurar atendimento no horário de pico, procure as unidades básicas de saúde mais próximas. Assim, você tira essa grande demanda da UPA e facilita o acesso da população à unidade básica de saúde. Uma das grandes propostas que nós temos é essa de estender o atendimento, porque nós temos 47 unidades de saúde básica em Anápolis hoje. Estender o horário de atendimento faz com que as pessoas busquem atendimento em uma unidade mais perto de onde elas moram.

Euler de França Belém – A rejeição de Roberto Naves está alta. Isso não pode contaminar a sua aprovação e a intenção de voto?

Há uma convicção sobre meu nome por minha trajetória enquanto servidora pública. Eu tive a oportunidade de trabalhar com cinco prefeitos e com todos tive atuação junto a população. Acredito que um prefeito com dois mandatos, que enfrentou uma pandemia, e ainda projetou a cidade de Anápolis no cenário nacional, pela maestria com a qual ele lidou com a pandemia naquele momento, inspirou até o Governo Federal, com o programa Zap da Saúde. Acho que isso pode acontecer com um candidato que não tenha a mesma experiência ou a capacidade de gestão que eu tenho. Então quando eu falo que me sinto preparada, que me sinto pronta, isso se deve a conhecer toda a cidade e ouvir as dificuldades do cidadão anapolino. Eu sou servidora de carreira e, ainda que no momento esteja com o prefeito nessa avaliação, é preciso dizer que em todas as gestões nas quais eu trabalhei houve erros e acertos. E eu tenho certeza que a população sabe entender as propostas apresentadas por cada candidato para resolver os problemas e sabe de seus interesses. Então, eu não venho aqui falar do que vou fazer, eu apresento o que tenho feito há mais de 20 anos, que é cuidar da população de perto. Por exemplo, visitar a dona Elza, que mora na região leste da cidade e cuida dos seus oito netos e fazer com que ela seja inserida nos programas sociais.

“Uma de minhas propostas para a saúde é estender o horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde”, diz Eerizania Freitas | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Euler de França Belém – E a dona Elza existe mesmo?

Ela é minha amiga, já é uma idosa, cuida dos oito netos. É uma senhora que precisa acessar os serviços sociais e o gestor precisa garantir que esses serviços cheguem até ela. Precisa assegurar educação e programas de esporte para os seus netos, fazer com que essa família seja assegurada por todos os programas sociais, para que ela seja emancipada do ponto de vista socioeconômico.

Euler de França Belém – Eu não consigo entender porque esse desgaste do Roberto Naves se ele é tão bom quanto a senhora diz. Qual é o motivo do desgaste?

Eu tenho a convicção de que o prefeito muito fez, mas pouco informou. Então, uma gestão que fez muito, com uma força tática na segurança pública; com uma UPA pediátrica na saúde; com a extensão de algumas unidades básicas de saúde até as 22hrs; grandes avanços na área da cultura, foram 14 arenas poliesportivas no Anápolis Investe, daqui alguns meses será entregue o primeiro Centro Cultural da cidade. É preciso dizer que muito fez e pouco informou. Agora, como eu disse, há erros. E eu, como gestora, que passou por várias pastas e acompanhei cinco prefeitos, preciso extrair disso só o que deu certo. E não porque é do Roberto Naves, do Antônio Gomide (PT), ou do Pedro Sahium (PDT) que eu vou levar a diante. A gente precisa entender aquilo que é bom para a população.

Quando eu falo que tenho o meu jeito de fazer gestão, digo isso em face à toda a experiência que eu tenho aliado ao que escuto da população. O gestor precisa ir para a ponta e ouvir da população aquilo que ele apresenta como dificuldade no seu dia-a-dia. Um plano de gestão só pode ser elaborado por um pré-candidato ou candidato mediante aquilo que ele escuta. E aí eu fico vendo que alguns candidatos não conhecem as regiões das cidades, não visitaram os bairros, não param para ouvir, e no momento de eleição eles começam a visitar alguns bairros. Quando eu falo que conheço, eu falo das famílias em extrema pobreza, eu falo das pessoas em condição de rua, e é preciso entender que existem direitos que ainda precisam ser assegurados para essas demandas. O gestor precisa entender como vive a população nos quatro cantos da cidade, e os problemas de cada região. E essa minha experiência, há mais de 20 anos, é o que me qualifica para isso. 

Nas eleições, vejo que alguns candidatos vão para o Sul ou para o Sudeste buscar inspiração em programas que deram certo. A gente tem isso aqui, com o governador Ronaldo Caiado, a gente tem um programa social comandado pela primeira-dama Gracinha Caiado, que foi reconhecido como um dos melhores programas sociais do Brasil. Então, se a gente já tem tudo isso aqui, é fazer com que Anápolis esteja nessa trilha de desenvolvimento econômico e social a partir do que está dando certo, com aquilo que posso trazer enquanto gestora.

Ton Paulo – É inegável que a senhora tem um perfil gestor-técnico pela formação e experiência, mas em um cargo do executivo isso não basta. É preciso um nível de articulação política, que às vezes é até mais importante. O prefeito que não consegue segurar uma articulação com a Câmara, por exemplo, é atropelado, o Legislativo o devora. A senhora está preparada para essa articulação com os outros poderes? Está pronta para articular politicamente e manter as rédeas do governo?

Em torno da minha gestão existe um perfil de diálogo. Política se faz com diálogo, assim como a gestão de qualidade. Como eu falei, ouvindo a população, mas também dialogando com os líderes políticos, os segmentos empresariais, líderes comunitários e as lideranças religiosas. Isso precisa estar consolidado. Então eu reconheço a importância desse diálogo permanente com todos esses segmentos e a boa convivência com o Legislativo. 

Enquanto gestora, à frente das políticas sociais, pelas pastas por onde passei, tenho certeza de que apresento resultados de grandes avanços em todas elas, e isso foi dialogado com o Legislativo, com a Câmara de Vereadores. Para mim, o mais importante é o interesse da população, não importa muito o partido, o que for prioridade para atender bem a população anapolina. O diálogo é fundamental, eu jamais vou discutir na minha trajetória de pré-candidatura – ou candidatura, que é o que eu busco porque tenho convicção de que estou preparada – fazer debate em torno de perfil de candidato. A gente precisa discutir Anápolis e apresentar projetos que vão ao encontro da população. E para isso, eu preciso, sim, do legislativo. Toda essa parceria é consolidada em torno do perfil de gestão que eu apliquei nas pastas onde estive. Eu reconheço que só por meio desse alinhamento, desse diálogo consolidado é possível fazer uma gestão de excelência.

Euler de França Belém – Como professora, a senhora poderia explicar porque o prefeito parece ter uma certa rejeição por parte da educação municipal?

A prioridade da educação sempre deve ser avançar no índice de desenvolvimento da educação, na qualidade do ensino. E para que a gente avance, a prioridade deve ser a valorização do profissional da educação. Eu incluo o professor, o cuidador, toda a equipe que faz parte de uma unidade de ensino. Quando estive à frente da Secretária de Educação, ampliei o número de vagas para mestres e doutores, também ampliei o número de licenças para aprimoramento profissional, para que pudessem cursar mestrado e doutorado. Tivemos um momento de reajuste de 23% e depois de 18% e, agora, a gente precisa entender que só se avança na qualidade do ensino valorizando o professor. Então é preciso avançar nesse quesito, ainda há o que ser ampliado, principalmente em relação às vagas de mestres e doutores. É preciso, inclusive, oferecer de forma gratuita esse incentivo para o profissional da educação que queira se profissionalizar ainda mais. 

É importante que a gestão tenha esse olhar, quando se fala de qualidade da educação básica, primeiro valoriza o professor, depois cuida do estudante. Na nossa gestão, os estudantes receberam tênis, meias, uniforme, agasalho, material escolar, livros didáticos e a mochila. Eles iam com condições de aprendizagem para dentro das escolas. Ampliamos os números de vagas em creches. Precisamos tratar esse assunto com muita seriedade e transparência, esse é o meu perfil. Só que é uma demanda crescente, hoje, por mais que tenhamos avançado no número de creches e no número de vagas, temos mais de 37 mil estudantes na rede municipal de educação. E agora estamos entregando novas unidades de creches. Considerando essa demanda crescente, qual é a estratégia para zerar essa fila de crianças aguardando vagas em creches? Porque isso acontece por todo o país, temos estados brasileiros que fizeram convênios com as escolas privadas para que a criança tivesse uma oportunidade ali. 

O que eu entendo como uma solução imediata? Nós temos os profissionais no cadastro reserva de professores, temos a melhor alfabetização do país em Anápolis. Então o que a gente mais precisa é de espaço físico. Leva de oito meses a um ano e meio para construir um CMEI, e a demanda é crescente. Quando eu termino, o que aconteceu? A demanda já cresceu novamente. Se eu eu faço, por exemplo, com convênios ou acordos de cooperação com instituições do terceiro setor, eu consigo a reutilização daquele espaço e é possível levar a equipe para fazer diretamente a execução dessa oferta de ensino ali, com isso eu posso zerar a demanda de creche. Ninguém governa sozinho, a gente precisa reconhecer a atuação e a importância de todas as lideranças, inclusive do terceiro setor. 

“Tenho capacidade de diálogo político. Por onde passei, apresentei grandes avanços, e isso foi dialogado com o Legislativo”, diz Eerizania Freitas | Foto: Leoiran / Jornal Opção

De forma muito tímida, já existem alguns convênios da gestão com o terceiro setor para oferecer vagas de creche. E com a expansão desse convênio será possível zerar a fila das creches. É claro que, concomitantemente, deve-se construir novas unidades, mas enquanto isso, é preciso zerar a fila. Se eu já tenho os profissionais, é só convocar. Quando você me faz essa pergunta em relação ao prefeito Roberto Naves, eu ratifico minhas palavras, no sentido de deixar muito clara a falta de divulgação daquilo que é feito. É preciso ter muita coerência e responsabilidade social, porque a saúde financeira de um município é muito importante para o desenvolvimento econômico e social. Então, é saber e medir bem o tamanho de cada passo. Hoje, Anápolis tem uma saúde financeira que nunca teve. Por exemplo, na análise de crédito, a cidade saiu do ranking C e foi para B. Enquanto muitas cidades goianas estão caindo, Anápolis ascendeu. Graças a isso, hoje somos avaliados como bons pagadores. Porém, isso acontece porque há uma avaliação e um equilíbrio do que pode ser feito, até onde podemos ir, isso é responsabilidade social. Isso é cuidar da saúde financeira, para conseguir cuidar do cidadão. Tendo em vista as necessidades da população e a saúde financeira, precisamos fazer projetos para o que é prioridade.

Euler de França Belém – Anápolis tem algum projeto na área de robótica? Se não, a senhora gostaria de fazer projetos nesse sentido?

Nós temos hoje um planetário, algumas escolas do estado já tem robótica, como as conveniadas com o Sesi. O avanço na tecnologia e na robótica é fundamental. Eu falo que temos visto isso, e a pandemia trouxe como um caminho sem volta.

Euler de França Belém – As pessoas de classe média não têm ideia, por exemplo, da importância de se ter uma escola pública bilíngue. Não sei se a prefeitura de Anápolis daria conta de fazer, Senador Canedo provavelmente conseguiria. E são ideias que você, como pré-candidata, tem de pensar. Como você disse, ter a mochila, o uniforme, o material escolar, tudo isso faz parte para criar a sensação de pertencimento. Assim, o aluno começa a gostar da escola e ele precisa gostar de onde estuda.

Isso é pensar em inovação, oferecer dignidade. Traz entusiasmo para o aluno. O sentimento de pertencimento é muito importante.

Ton Paulo – Ainda temos índices assustadores de violência doméstica, feminicídios, estupros. Não só em Goiás, mas no país inteiro. Enquanto mulher, qual o nível de importância que a senhora vai dar para essa questão da atenção à mulher em Anápolis?

É muito importante fortalecer a rede de proteção à mulher. Precisamos fortalecer essa rede que existe dentro da segurança pública com o centro especializado para o atendimento da mulher, o conselho de políticas públicas, a delegacia especializada, o ministério público, o juizado, os abrigos que acolhem essas mulheres no momento de violência. Porque a mulher só faz a denúncia quando ela tem a coragem, porque se sente segura e protegida numa rede. Hoje, já temos um abrigo em Anápolis, mas é preciso ampliar isso. Quando você oferece para essa mulher a oportunidade de estar protegida em um abrigo, levando seus filhos, com uma medida protetiva pelo prazo necessário, sendo acompanhada por uma delegada, uma psicóloga, uma assistente social, você dá a ela coragem de sair do ciclo de violência. 

Sabemos que muitas mulheres ficam na condição de violência porque elas não têm para onde ir, porque dependem do companheiro, por exemplo, se sair pode acabar nas ruas. Mas quando você tem um abrigo e uma rede para atender, você encoraja essa mulher. O mais importante é ampliar e fortalecer os elementos que compõem essa rede. Nós já começamos a construir e vamos entregar ainda esse ano uma UPA para a mulher anapolina. Todos esses equipamentos vão fortalecer esses equipamentos, mas acima de tudo, encorajar essas mulheres a romperem os ciclos de violência. Uma UPA exclusiva, para atender a todas as mulheres anapolinas, junto com uma Casa da Mulher Anapolina, onde terá todos os órgãos que compõem a rede de proteção. Os representantes de todas essas instituições estarão reunidos ali para atenderem a essas mulheres. Porque muitas mulheres continuam com seus agressores por falta de ter para onde ir, por medo do que pode acontecer com seus filhos. Ali ela vai poder fazer a denúncia e ficar acolhida, nós temos a patrulha Maria da Penha, que faz parte da rede de proteção à mulher, são vários equipamentos para esse atendimento.

Ton Paulo – A senhora é professora, então tem esse olhar de quem conhece o funcionamento de uma escola ou de um CMEI. Como conter problemas, por exemplo, como a evasão escolar? É um problema interligado a vários outros, como a criminalidade, o social, isso está sendo pensado?

Eu visitei uma família no bairro Leblon, na região leste, para entender o motivo pelo qual uma criança de cinco anos não ia à escola. Ele não ia porque não tinha uniforme, não tinha tênis, não tinha material escolar. Ele precisava da merenda, porque também não tinha segurança alimentar e estava fora da escola. Então, quando você traz condição para que esse estudante tenha entusiasmo e vontade de ir para a escola, porque ele olha para o lado e se vê igual ao colega. É uma oportunidade que eu não tive, por exemplo. Eu não tinha material escolar, eu estudei sem o material, porque os meus pais não tinham condições. Quando eu vejo que uma criança deixou de ir para o CMEI, ainda mais quando está próximo de ir para a alfabetização, eu sei que ele vai ser prejudicado porque o Estado não cuidou. E o Estado, nesse caso, é o prefeito. 

É importante dar a eles essa vontade de estar ali, fornecendo as condições necessárias. Esse era um dos principais motivos de evasão escolar. Eu cheguei a visitar escolas onde o aluno tremia de frio, indo de chinelo e sem agasalho, hoje isso não acontece mais, ele tem tênis, meia, casaco tudo completo para que ele possa participar das aulas e absorver o aprendizado. Ele tem merenda de qualidade, isso é segurança alimentar. Por isso, oferecer uma merenda de qualidade é obrigação do prefeito. Através da assistência social, com a entrega de alimentos em casa, com acompanhamento de toda uma equipe técnica, porque mesmo que ele coma na escola ou no CMEI, ele precisa ir para casa com a segurança de que vai se alimentar ali também. Então, para além da condição de acesso, é preciso dar a condição de permanência. Mesmo que seja através de atrativos, como quando eu ofereço o livro didático para esse estudante, inclusive dando a possibilidade dele ter um material que ele jamais teria, como agenda e livros para que a família participe. Ainda assim é preciso mais, estrutura física adequada, atrativos nas escolas, inovações nos projetos pedagógicos. Durante a pandemia, nós abrimos o EducAnapolis, que é uma plataforma virtual de ensino e atendimento ao estudante. 

Enquanto muitas cidades tentavam fazer com que o processo de aprendizagem fosse levado aos estudantes – ainda que por meio de uma ligação de vídeo que o professor fazia, e fazia com muita excelência, porque queria cuidar do estudante naquele momento de pandemia –, a gente criou uma plataforma. E depois da pandemia, essa plataforma serve, no contra-turno escolar, aulas de reforço para o estudante, mas ele precisa de equipamento, celular, tablet, internet. E nós precisamos dar a eles condição disso, porque muitos esperam o pai chegar do trabalho para acessar a aula, que fica disponível 24 horas por dia. Nós avançamos muito, mas podemos avançar mais. E eu falo que tudo da educação é investimento. Tudo o que é investido na primeira infância é economizado da vida adulta. Tudo aquilo que é investido na criança que chega na creche, na pré-escola, faz com que ela chegue muito mais preparada na alfabetização. E é por isso que Anápolis tem a melhor alfabetização do estado de Goiás. Então é dar condições para que esse estudante tenha interesse, e consiga permanecer na escola.

“Sempre conversei com a população e as lideranças políticas, religiosas, comunitárias e empresariais. Meu nome já era cogitado pela cidade mesmo antes do anúncio de minha pré-candidatura”, diz Eerizania Freitas | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Euler de França Belém – Qual é o índice de analfabetismo de Anápolis?

Durante a pandemia, nós podemos dizer, de certa forma, que fizemos um programa de recuperação nesse sentido. Inclusive porque muitos alunos deixaram de frequentar a escola durante a pandemia, nós tivemos um número elevado, ainda mais das crianças autistas, com deficiências, com TDAH, para quem o vínculo com o professor ou cuidador é muito importante. O índice chegava a aproximadamente 4,6%. Hoje eu estou fora da educação, precisaria atualizar os meus dados. Porém, é muito importante cuidar da educação infantil para evitar uma crescente de analfabetismo, e a gente sabe disso.

Euler de França Belém – E na educação inclusiva, qual programa Anápolis tem?

Nós temos um grande equipamento sendo construído, minha expectativa é de que seja entregue até o aniversário de Anápolis, em julho. Essa é a Clínica-Escola do Autista, para oferecer um atendimento especializado para esses estudantes. Onde vai ter uma equipe multidisciplinar de assistência social da saúde, para que ele tenha pleno desenvolvimento. Sabemos que essa equipe é de fundamental importância nesse processo, hoje, nós temos cuidadores que acompanham os estudantes pelo atendimento educacional especializado. São professores que acompanham de forma individualizada esse estudante em determinados momentos e horários, fora da sala de aula. Agora, a Clínica-Escola vai tratar, além da questão diagnóstica, um atendimento mais específico. A educação inclusiva impera que a gente trate com muita seriedade. Por exemplo, eu tenho um estudante autista, que a mãe dele me procurou e falou: “Eu tenho aqui um laudo que exige que ele tenha um cuidador, mas meu filho tem autonomia para se alimentar, na higiene, e eu não quero um cuidador para ele, porque eu entendo que isso faz parte do processo de desenvolvimento dele”. E esse diálogo com a família é muito importante, ouvir a mãe e o pai, na avaliação pedagógica, tem um papel fundamental. Então para além do laudo médico, é preciso a avaliação pedagógica. A gente precisa atender e acompanhar os casos individualmente, mas temos avançado, não só com a Clínica-Escola, mas com os cuidadores, e com o atendimento educacional especializado.

Euler de França Belém – Em toda eleição, os prefeitos de Anápolis falam que vão resolver o problema da água. E toda vez falta água nos bairros, como está agora?

Resolvido. Não falta água. Quero te convidar para fazer uma visita. Foi resolvido pela parceria que a prefeitura tem hoje com o governador Ronaldo Caiado. Ele prometeu resolver esse problema e resolveu.

Euler de França Belém – E a captação vem de onde?

Primeiro, a Saneago precisava fazer uma manutenção imediata nas tubulações. Então, hoje entendemos que muito do que acontecia era falta de manutenção. Para resolver isso, foi necessário o olhar de gestor do governador. E agora ele fez a expansão, acredito que foi há cerca de quatro meses. Posso assegurar que não falta e não faltará água em Anápolis.

Ton Paulo – Delegado Waldir, do mesmo partido que a senhora, falou ao Jornal Opção a seguinte frase: “Aquele que quer manter o apoio do governador, precisa trabalhar para se viabilizar”. A senhora tem trabalhado para se viabilizar em Anápolis? Como estão os trabalhos de articulação? O nome está ganhando força, como as pesquisas mostram suas intenções de votos?

Esse alinhamento político aconteceu a menos de duas semanas. Ganho uma musculatura para trabalhar a pré-campanha a partir de agora. Entretanto, o nome Eerizania Freitas é trabalhado com base em sua trajetória, que não começou há duas semanas. Sempre conversei com a população e as lideranças políticas, religiosas, comunitárias e empresariais. Então, isso já vinha sendo cogitado pela cidade mesmo antes do anúncio de minha pré-candidatura.

Há um comentário por parte do vice-presidente, que eu recebo com respeito, acho que é prudente fazer o comentário como ele fez, encaro isso com muita tranquilidade e de forma muito democrática. É claro que isso é o que precisa acontecer. A gente precisa colocar a pré-campanha na rua, para trabalhar. E entender que essa musculatura começa agora Trabalho, experiência e trajetória já temos, conhecemos a cidade, conversamos com a população, conhecemos a história, o nome e o núcleo familiar. Esse é um grande diferencial que a candidata Eerizania Freitas tem. Eu conheço a cidade e as dificuldades dos anapolinos, e a minha prioridade é cuidar das pessoas. Para isso, eu sei que é preciso avançar na área da educação, da saúde, do esporte, da cultura, absorvendo tudo aquilo que deu certo e inovando, implantando e implementando, para colocar Anápolis em pleno desenvolvimento econômico e social. 

A gente sabe que Anápolis hoje tem uma saúde financeira, mas a gente também sabe que precisa, por exemplo, trabalhar com o governador Ronaldo Caiado para a ampliação do Distrito AgroIndustrial de Anápolis (Daia). O Daia 5.0 vai gerar aproximadamente 20 mil novos postos de emprego. Temos o Polo Industrial e Tecnológico de Anápolis (Politec), que é um novo distrito industrial de Anápolis, na região norte, com aproximadamente cinco mil empregos. Estamos falando aqui de economia e geração de emprego, para isso é preciso qualificar. Para qualificar, eu preciso levar de forma descentralizada a formação profissional. Quando as empresas vêm para a cidade, eu movimento a economia, e faço que ela seja mais ativa, o que chega diretamente para a população através de programas e serviços sociais. Por isso, eu recebo essa fala e encaro todo esse processo com muita calma e segurança.

Ton Paulo – A senhora acredita que a população vai começar a vincular esses benefícios ao seu nome na pré-candidatura?

Acho que já existe um pensamento nesse sentido, de que o que é bom será mantido. Quando eu visito as pessoas, na casa da Jaciara, no bairro Copacabana, que eu acompanho há mais de 10 anos pelos programas sociais. Ela fala assim “a senhora vai ser nossa líder?”, e ela pergunta isso porque sabe que comigo teve resposta ao que procurou do poder público. É claro que a gente associa, mas não é o suficiente. Ainda é preciso divulgar e levar o nome, ainda tem muitas pessoas que não conhecem. Eu tenho muita humildade e tranquilidade para reconhecer isso, da mesma forma que tenho toda a segurança em dizer que estou preparada. Porque eu conheço a cidade, a administração pública, sei os desafios, sei onde quero chegar, mas principalmente, eu sei o caminho a percorrer.

Ton Paulo – A senhora corre o risco de disputar um eleitorado de muito peso em Anápolis, que é o eleitorado evangélico. Até o momento em que era mantido o nome do Márcio Cândido, vários pastores e líderes evangélicos haviam declarado apoio a ele. Parece que a senhora herdou uma parte desse apoio, mas o que tem sido feito para manter esse apoio? E quem são os líderes que estão caminhando com a senhora?

Eu sou evangélica, membro da Assembleia de Deus, ministério de Anápolis, com o pastor Clarimundo. Eu  tive uma conversa com o pastor Bertie e vamos ter uma outra conversa. Mas o meu líder religioso é o pastor José Clarimundo, minha primeira conversa foi com ele e esse apoio já está garantido. Conversei também com outros líderes da nossa cidade, e naquele momento, acho que eles entenderam, junto com o vice-prefeito Márcio Cândido, esse processo. Eu tenho a benção deles, o vice-prefeito é meu amigo, inclusive, tenho admiração e respeito por ele. Fomos juntos visitar e conversar com essas lideranças.

Euler de França Belém – Qual é o motivo dessa força dos evangélicos em Anápolis? Qual é o sentido? O que explica? Existe algum estudo sobre isso?

Essa força é das lideranças religiosas, não são só os evangélicos. Tanto é que na nossa composição nós trabalhamos também com o segmento católicos e empresariais para a composição desse vice. É importante que a gente diga que Anápolis é uma cidade conservadora, com muitas lideranças religiosas, onde a importância da comunidade religiosa é muito reconhecida. Isso é expressivo e quando eu assumo esse compromisso com a população anapolina, com a benção das lideranças evangélicas, eu preciso compreender a importância disso na composição das lideranças católicas. Mesmo assim, vamos governar para todos, recentemente eu conversava com líderes da Igreja Católica sobre a importância dessa composição. A gente precisa entender que nesse momento o avanço para consolidação desse nome acontece em alinhamento com o governador Ronaldo Caiado, o prefeito Roberto Naves, os segmentos empresariais, mas também com as lideranças católicas, porque Anápolis é uma cidade muito religiosa.

Ton Paulo – A senhora mencionou um fato importante, Anápolis é uma cidade religiosa e conservadora. E é uma cidade muito bolsonarista, um dos municípios de Goiás com a votação mais expressiva no Bolsonaro durante a última eleição. Porém, atualmente, a base bolsonarista está com o pré-candidato Márcio Corrêa que se filiou ao PL, você acha que isso pode dividir a base evangélica? 

Com todo o respeito que tenho ao presidente Jair Bolsonaro, vejo essa possível divisão com muita tranquilidade. Afirmo aqui com muita categoria a tranquilidade em ter como meu líder o governador Ronaldo Caiado, porque as pessoas vão avaliar propostas para a cidade, propostas que viabilizem o crescimento de Anápolis e que atendam efetivamente a população. É disso que Anápolis precisa, dessa coerência, não em apresentar um plano de governo, apenas, mas um plano de gestão. E gestão é para poucos.

Ton Paulo – Você acha que isso pode dividir a base, chamada de direita, em Anápolis? Com mais de um candidato tentando representar essa base conservadora e evangélica?

Eu acho que pode haver uma divisão nesse momento, mas em algum ponto da condução desse processo em que a população realmente vai entender o que é direita, o que é apoio. Porque muito se fala do apoio de líderes, mas o que eu vi de apoio até agora foi do governador ao meu nome.

Euler de França Belém – Teve uma declaração recente do Caiado que deu um certo ruído, o que foi esse momento?

Há certa especulação quanto a isso, porque ele foi questionado durante uma coletiva sobre o DAIA 5.0.  Quando o governador responde da forma que respondeu, eu vejo responsabilidade, vejo a atuação de um homem sério diante da política. Ele disse que é reconhecido aquilo que ele fez em Anápolis e que Eerizania Freitas é a escolha do partido. Quem é o presidente do partido? Ronaldo Caiado. Faço parte do partido a convite de quem? Ronaldo Caiado. E ele disse: “Nesse momento, a pessoa que eu vejo com a melhor condição de ser pré-candidata é a Eerizania”. Ele fala isso com muita responsabilidade, o que só me faz admirá-lo ainda mais.

Ton Paulo – Quem seria o seu vice dos sonhos?

Eu não tenho um nome, mas eu tenho um perfil. Acredito que um empresário católico seria o vice dos sonhos.

Ton Paulo – Já existem possíveis nomes no radar, com quem a senhora já tenha conversado? Pode ser um pouco cedo para falar de algo consolidado, mas como estão os diálogos?

Temos conversado e tratado disso diretamente com o governador. Quando eu digo que ele é o meu líder, eu prefiro não dizer nomes sem a aprovação do governador por enquanto. Já existem empresários católicos no radar.

Euler de França Belém – E o MDB? É um partido ligado ao governador pelo vice-governador, Daniel Vilela. Como está o MDB em Anápolis em relação à senhora?

Nós ainda não tivemos uma conversa com o vice-governador, mas é claro que isso irá acontecer. Afinal, ele é o vice do melhor governador, que é o meu líder. Tenho essa certeza, o vice-governador é uma pessoa que nós, anapolinos, respeitamos. É uma pessoa que tem contribuído com o governo, e tudo que a gestão estadual avança tem a participação do vice-governador. Como eu disse, política se faz com diálogo e com conversa, é assim que a gente constrói. Com certeza isso vai acontecer.

Euler de França Belém – Em 2026, supondo uma eleição para governador entre Daniel Vilela e Wilder Morais, quem você apoia?

Seguirei apoiando o que for comandado pelo governador Ronaldo Caiado, eu caminharei de mãos dadas com ele.

Ton Paulo – E como você avalia o projeto do governador de em 2026 tentar concorrer ao Palácio do Planalto?

Avalio como sendo o maior ganho para a população brasileira. Fazer com que o Brasil esteja na condição em que o estado de Goiás está, com certeza vai ser a maior conquista para a nação brasileira. E torço todos os dias para que isso aconteça, principalmente por entender as demandas sociais da população. E por ver o que ele tem feito em todas as áreas, mesmo aquelas camadas que ele descortina e tira da invisibilidade. Isso é exatamente o que a primeira-dama Gracinha Caiado faz. E vou trabalhar todos os dias para que isso aconteça.

Ton Paulo – E te empolga a ideia de Gracinha para o Senado?

A Gracinha é a protagonista aonde quer que ela esteja. Ela protagonizou no cenário nacional o maior programa social, que é o Goiás Social. Ela vai protagonizar pelo trabalho que faz, pelo apoio que ela dá aos mais de 240 municípios, independentemente de partidos. Esse é o olhar do governo, não depende do partido, se teve ou não o apoio, eles estão ali, presentes. Ela cuida da população onde ela vai e faz com que acessem os programas sociais, nas comunidades quilombolas, como em Cavalcante. A Gracinha Caiado vai protagonizar e eu não tenho dúvidas sobre isso.

Euler de França Belém – Se Anápolis é conservadora, porque o Antônio Gomide tem mais de 42% das intenções de voto, sendo ele de esquerda?

Antônio Gomide chegou num ápice e estagnou, mesmo com um teto alto. Ele foi prefeito por duas vezes, deputado estadual, tem a sua liderança, mas chegou ao limite. Eu acredito que quando você traz uma pré-candidata com experiência, que conhece a cidade, e que é um fato novo para a política, isso logo deve mudar. E é possível mudar com essa personagem nova que chegou há menos de duas semanas atrás. A gente precisa refazer essa avaliação daqui alguns meses. E aí vamos entender como vai ser de fato esse processo. Tem gente nova, fato novo, proposta nova. Tem gente séria aqui, que conhece a população, as dificuldades, então as coisas vão mudar. A sinalização foi clara desde o primeiro anúncio, mas daqui alguns meses as coisas estarão mais consolidadas. Em geral, a resposta vem sendo muito positiva, especialmente das pessoas que já conhecem o meu perfil de gestão. A sinalização já houve, vamos colher esse avanço, mas colher e mensurar isso requer um prazo. Eu estou contra nomes que você citou, que estão há mais de um ano divulgando o próprio nome, enquanto eu trabalhava nos quatro cantos da cidade, cuidando das pessoas. Cheguei há menos de 15 dias, é um fato novo.

Euler de França Belém – Se um eleitor pedir para diferenciar as duas opções da direita, você e o Márcio, como você se destaca? São evangélicos, que apoiam Bolsonaro, qual a diferença para que o eleitor escolha você e não ele?

Meu diferencial é a experiência e conhecimento da administração pública. A relação com a cidade, seus quatro cantos, as regiões, os bairros. O olhar para as dificuldades diárias da população, de perto e olhando nos olhos, ouvindo. Como eu disse, um plano de gestão só é bem elaborado a partir daquilo que você ouve da população. E eu sou uma gestora de excelência.

Euler de França Belém – Tudo indica que haverá um segundo turno na cidade, a tendência é que seja um candidato da direita contra o Antônio Gomide. Caso seja a senhora nessa posição, pretende buscar o apoio do Márcio Corrêa?

Repito: política só se faz com diálogos, com parcerias. E a gente sempre vai buscar apoio, e tenho certeza de que seremos consolidados justamente pelo nosso perfil. Não estou aqui para entrar em rota de colisão com nenhum candidato, eu estou muito focada no avanço, nas propostas, no bem-estar da população, em dar dignidade para essas pessoas. Eu vou construir e consolidar diálogos. É assim que pretendo fazer toda a minha trajetória.

O post Eerizania Freitas: “Meu diferencial é a experiência e conhecimento da administração pública” apareceu primeiro em Jornal Opção.

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