‘O rio que queremos ter versus o rio que poderemos ter’, tema do simpósio sobre o Rio Camboriú 

Na próxima quarta-feira (24), das 13h30 às 19h, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, em parceria com o Instituto Água Conecta, realizará no Auditório do Instituto Federal Catarinense (IFC), em Camboriú, o Simpósio Técnico, que está em sua oitava edição, e terá como tema central o Enquadramento Hídrico, com as discussões sobre “O rio que queremos ter versus o rio que poderemos ter”.

Segundo a organização, a expectativa é reunir profissionais e estudantes da área ambiental, gestores públicos, representantes de entidades da sociedade civil e a comunidade em geral. 

Além das palestras técnicas, serão promovidas dinâmicas entre os participantes, mesa de debates e apresentação de exemplos de sucesso do Enquadramento Hídrico (estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo de água) em Santa Catarina.

Na prática, a partir do enquadramento hídrico é definida a qualidade ideal dos rios e outros corpos hídricos, para pesca, turismo, produção agrícola ou qualquer outra atividade desenvolvida na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. Trata-se de um estudo extenso, com análise de diferentes fontes de dados sobre a região, que permite entender melhor a condição atual dos corpos hídricos e qual a condição necessária para o uso adequado da água. 

Em outras palavras, o enquadramento permite realizar um diagnóstico da qualidade do “rio que temos”, e definir em conjunto o “rio que queremos ter”, assim como o “rio que podemos ter”, inserindo um olhar econômico para a questão.

Primeiras etapas serão apresentadas

Um dos destaques previstos durante o Simpósio é a apresentação para comunidade das primeiras etapas do projeto de enquadramento dos corpos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú e Bacias Contíguas. 

O estudo está na segunda fase, com a análise da etapa de Prognóstico pelo Comitê Camboriú. Ao todo, um projeto de enquadramento é composto por 4 etapas, sendo a primeira o Diagnóstico dos Corpos Hídricos.

Durante a etapa do Diagnóstico são identificadas as principais características da bacia hidrográfica, uso e ocupação da terra, identificação dos usos de água, bem como dos efluentes e cargas poluidoras, além de informações sobre disponibilidade hídrica, águas subterrâneas, áreas vulneráveis, com risco de poluição, entre outras.

Já no Prognóstico, são analisados os cenários de impacto sobre os recursos hídricos superficiais, a partir da implementação dos planos e programas de desenvolvimento previstos para a Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. 

No prognóstico são considerados horizontes de curto (2028), médio (2033) e longo prazo (2038), para disponibilidade, demanda de água e lançamentos de cargas poluidoras. No evento, serão apresentados detalhes dessas etapas e os principais resultados aos participantes.

Programação

  • 13h30 às 13h45: Abertura do evento
  • 13h45 às 14h30: Enquadramento dentro da Política de Recursos Hídricos (Dra. Rubia Girardi)
  • 14h30 às 15h15: Enquadramento dos corpos hídricos catarinenses: estudos de caso da UPG 7.2 Camboriú (Dr. Gustavo Antônio Piazza e Dra. Camila Andréa Ramos)
  • 15h15 às 15h30: Quiz sobre enquadramento (MSc. Aline Antunes)
  • 15h30 às 16h: Coffee break
  • 16h às 16h30: Relação entre licenciamento ambiental e enquadramento de água (MSc. Aline Pereira Gomes Masters do Instituto do Meio Ambiente – IMA)
  • 16h30 às 16h45: Classes de água x usos preponderantes (Dra. Camila Andréa Ramos)
  • 16h45 às 17h45: Dinâmica sobre enquadramento dos corpos hídricos superficiais (Dra. Rubia Girardi e equipe do Instituto Água Conecta)
  • 17h45 às 18h45: E a água subterrânea? (Dra. Camila Andréa Ramos)
  • 18h15 às 19h: Mesa redonda (Mediação com Dra. Leticia Pinto Rabelo).
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