FMI eleva previsão de crescimento do Brasil em 2024

A economia brasileira deve crescer acima do previsto em 2024. É o que diz a última edição do “Panorama Econômico Mundial”, divulgada no dia 16, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).  Agora, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve avançar 2,2% neste ano, superando a projeção anterior de 1,7% feita pelo FMI em janeiro.

O FMI atribui essa revisão positiva ao controle da inflação, apesar de uma menor contribuição da agricultura. Para 2026, o fundo prevê um crescimento ligeiramente mais moderado, de 2,1%.

A previsão do FMI está alinhada com a expectativa do governo, que também prevê um crescimento de 2,2%, mas é superior à expectativa do mercado, que estimava 1,95% para este ano.

Quanto à inflação, o FMI estima que ela fechará o ano em 4,1%, acima do centro da meta de 3% definido pelo Banco Central, mas ainda dentro da margem de tolerância.

Média mundial

Apesar da melhora na perspectiva, a taxa de crescimento do Brasil permanece abaixo da projeção para o crescimento da economia global, que se manteve praticamente estável no relatório desta terça-feira, com um aumento de 3,2% em 2024 e no próximo ano, de acordo com o documento.

Embora a estimativa de crescimento econômico global permaneça estável, há variações significativas nas grandes economias. Destaca-se os Estados Unidos, cujo crescimento para este ano foi revisado para 2,7% – um aumento de 0,6 ponto percentual em comparação com a análise realizada há três meses. O vigor da economia americana tem adiado os cortes de juros na maior economia do mundo, afetando os mercados globais.

Por outro lado, o crescimento da China deve desacelerar de 5,2% em 2023 para 4,6% neste ano e 4,1% no próximo, devido ao fim dos estímulos pós-pandemia e à crise no setor imobiliário. Enquanto isso, a Índia deverá manter um desempenho robusto, com crescimento de 6,8% este ano e 6,5% no próximo.

As previsões para os países de baixa renda foram revisadas para baixo, refletindo as dificuldades dessas economias menores em superar os impactos da pandemia. Essa recuperação lenta está exacerbando as desigualdades globais, alerta o FMI.

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