Boeing investe US$ 4 bilhões em segurança, registra prejuízo e queda em vendas após acidente com 737 MAX

A Boeing teve um consumo de aproximadamente US$ 4 bilhões de fluxo de caixa no primeiro trimestre de 2024. Durante esse período, a empresa apresentou um prejuízo operacional de US$ 355 milhões e uma redução de 8% na receita em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O anúncio dos resultados financeiros do primeiro trimestre da Boeing, divulgado nesta quarta-feira, 24, revelou os desafios enfrentados pela grande empresa de aviação. Essa situação foi exacerbada pelo incidente quase fatal ocorrido em 5 de janeiro, quando um 737 MAX da Alaska Airlines sofreu uma falha estrutural, resultando na perda de parte da fuselagem e na abertura da porta de emergência durante o voo, a uma altitude de 4,9 mil metros.

Esse novo incidente intensificou as preocupações em torno do problemático modelo 737 MAX, que era a principal aposta da Boeing no seu lançamento. Entre o final de 2018 e o início de 2019, dois aviões 737 MAX sofreram acidentes fatais, resultando na perda de 346 vidas e na suspensão das operações da quarta geração da família Boeing 737 por aproximadamente 20 meses.

Devido à pressão exercida pelas companhias aéreas e pelos órgãos reguladores após o acidente de janeiro, a Boeing teve que diminuir a produção de suas aeronaves para aprimorar a qualidade e a segurança, o que afetou suas projeções financeiras.

A Boeing entregou 83 aeronaves comerciais no último trimestre, o que representa uma redução de 36% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao encerrar março, a empresa contava com um saldo de US$ 7,5 bilhões em seu caixa, valor inferior à metade dos investimentos planejados para janeiro. Em consequência, o valor das ações da empresa registrou uma queda superior a 30% neste ano.

Para ilustrar a situação desafiadora enfrentada pela Boeing, sua principal concorrente, a Airbus, registrou a entrega de 142 aeronaves nos primeiros três meses do ano, marcando um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2023.

“Estamos enfrentando um período difícil no curto prazo”, reconheceu Dave Calhoun, CEO da Boeing, em uma comunicação aos colaboradores. “Entregas reduzidas podem representar desafios tanto para nossos clientes quanto para nossa situação financeira. No entanto, a segurança e a qualidade devem sempre ser nossa prioridade máxima.”

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