Entenda a estratégia do PT para as eleições de 2024 e como o partido quer reverter aversão à esquerda em Goiânia

Com colaboração de Bonny Fonseca

A pré-candidata a prefeita em Goiânia pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Adriana Accorsi, já deixou claro que pretende montar uma frente ampla. Ao mesmo tempo, a deputada federal quer fugir da polarização política e de qualquer extremismo ideológico e o discurso dentro do partido é que o discurso de polarização não vai mudar a vida do goianiense. Com isso, o grande desafio dela é buscar “equilíbrio” com o partido e os eleitores diversos.

De acordo com um dos coordenadores do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT, ex-deputado estadual, Luis César Bueno, as pesquisa qualitativas e quantitativas feitas pela campanha mostram que a avaliação do governo federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são bem melhores do nas eleições. “Nós não vamos esconder a principal estrela do partido (presidente Lula) e lógico que vamos contato com grande apoio do governo e também esperando investimentos robustos para a cidade vindos da União”, afirmou ao Jornal Opção.

Bueno ainda citou que os levantamentos feitos pelo partido mostram que a população está preocupada com a cidade, com o trânsito, com transporte e para ele o debate sobre Goiânia não vai abrir espaço para a polarização. “O nosso cabo eleitoral mais forte será a cidade Goiânia, com seus problemas e seus potenciais. A gente precisa, com urgência, projetar a cidade para os próximos 50 anos”, afirmou o coordenador.

Segundo uma fonte da campanha ouvida pela reportagem, sob reserva, a melhor estratégia é apresentar a parlamentar por completo para o eleitorado. “Precisamos convencer os eleitores que tenham aversão ao PT se Accorsi merece ou não uma chance de ser prefeita. Ela se preparou a vida toda para isso e também não pode fingir o que não é, nem esconder apoio de petistas”, diz. O argumento também é defendido por Bueno que ressalta que Adriana cresceu em Goiânia. “Ela não veio de fora, ela é daqui e está pronta para debater a cidade”, disse.

A expectativa de lideranças e técnicos do partido é que quando as pessoas conhecerem de fato vai haver uma mudança em cadeia na percepção sobre a deputada federal. “Nós não contamos com os votos do bolsonarismo e nem da direita radical, mas a direta que não é polarizada e que visa um projeto de desenvolvimento tem apoiado o projeto de Adriana”, afirmou outro interlocutor também sob reserva.

O discurso de lideranças do grupo de trabalho do partido é que os problemas da cidade são maiores do que a polarização. Quando perguntado sobre como será a campanha se outros candidatos insistirem no discurso de polarização, Bueno é enfático ao dizer que o debate não é esse. “Quem insistir no debate ideológico de direita contra esquerda vai perder a eleição. Esse discurso não vai mudar a vida dos goianienses, mas soluções para cidade vão melhorar a qualidade de vida em Goiânia”, afirmou.

A campanha também trabalha com o fato da deputada ter sido delegada da Polícia Civil de Goiás antes de entrar para a política. Isso é visto como uma forma de atrair apoio e votos de eleitores de centro e centro-direita, com base no discurso da segurança pública.

O PT pretende entregar o plano de governo até o início de junho. Bueno explicou que existem 16 grupo de trabalho atuando na construção do documento. Já com base no contexto de frente ampla e fuga de polarização, o próximo passo de Accorsi é a escolha de um vice que represente um nome de centro a centro-direita. Como ela gosta de se referir, alguém com o perfil do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Ao mesmo tempo, ela também precisa costurar acordos com partidos fora da esquerda e da federação.

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