Página 3 entrevista Eri Johnson: ator vai apresentar peça a partir de julho em Balneário Camboriú

O ator Eri Johnson, que fez sucesso em novelas como Barriga de Aluguel, Sonho Meu, América, agora é morador de Balneário Camboriú, como já noticiado recentemente pelo Página 3. 

Torcedor fanático do Vasco da Gama e do Salgueiro, Eri é muito amigo e parceiro de futevôlei do jogador Romário e de Dado Faigel. Inclusive, foi Dado que incentivou Eri a se mudar oficialmente para Balneário, onde tem um apartamento na Avenida Atlântica.

(Arquivo pessoal/Divulgação Eri Johnson)

Em julho, o novo morador da cidade vai estrear no palco do Municipal e sobre esta estreia ele conversou nesta semana com o Página 3. A peça ‘Toda quinta, Eri pinta’ vai estrear no dia 4 de julho, no Teatro Bruno Nitz.

Ele também deverá apresentar na cidade um projeto de karaokê, sempre com muita interação com público, com quem já tem se encontrado pelas ruas da cidade. 

Confira tudo abaixo. 

JP3: Eri, apesar de vir há anos para a cidade, agora você é morador oficialmente! Como tem sido morar em Balneário Camboriú?

O novo morador da Atlântica (Arquivo pessoal/Divulgação Eri Johnson)

Eri Johnson: Uma experiência muito agradável, por tudo o que Balneário Camboriú oferece – principalmente segurança e sensação de segurança. Aqui tenho muitos amigos. Fora a educação, o comportamento do povo de BC, a generosidade… a galera é feliz, tem a praia. Isso tudo me agrada demais. Assim como eu, gostam de caminhar na orla, praticar esporte, tem muito a ver com o Rio de Janeiro nesse sentido. O povo carioca tem muito disso também.

JP3: Por falar no Rio de Janeiro, você é um carioca da gema. O que te fez decidir vir para Balneário?

EJ: Eu sou do Brasil, sou nosso! Nascido e criado no RJ, de fato, e peguei o melhor do Rio. No meu tempo a gente ficava na rua, de madrugada, sem preocupação com violência, ia para o Salgueiro, saía de madrugada sem risco nenhum. O Rio de Janeiro hoje é desorganizado. Podem falar que sou nostálgico, mas não sinto falta do Rio de hoje e sim o dos anos 90, que eu não abriria mão de jeito nenhum. Parece saudosismo, mas vivenciei os melhores momentos do Rio, com os bares, praia, teatro… o Rio era incrível para mim, mas hoje procuro conhecer mais o Brasil – vivi em Goiânia na pandemia, vejo que São Paulo é um país dentro do Brasil, um lugar fantástico onde tudo acontece. Mas Balneário é especial. Quando cheguei aqui, tive a sensação de que vou ficar muito tempo aqui. Está sendo do jeito que eu imaginei que seria.

(Arquivo pessoal/Divulgação Eri Johnson)

JP3: E você tem novidades para Balneário…Vem aí uma produção no teatro…

EJ: Exatamente. O ‘Toda quinta, Eri pinta’, que estreia em 4 de julho, às 20h, no Teatro Municipal Bruno Nitz. Foi um projeto concebido com direção do saudoso Roberto Talma, quando ele estava me dirigindo ele disse que ia me direcionar a algo que eu não sabia fazer: transformar piada em cena, encenar a piada. Por exemplo, se eu falo de dois bêbados, vou fazer os dois. Se falo de ir na casa da mãe, vou fazer a mãe. Se falo de relacionamento, vou fazer ela e ele; família – vou fazer pai, mãe, irmãos. 

Foi um projeto que já rodou o Brasil e que vou apresentar agora em Balneário. Se chama ‘Eri pinta, Johnson borda’, pois era sobre pintar e bordar com o público. Tem muita interação com o público. Posso dizer que uma pessoa da plateia chega anônima e sai famosa, e é alguém do sexo masculino. Eu escolho na hora. É uma parte muito engraçada, o pessoal realmente sai famoso. Tem família, respeito, humor… tudo isso. Quem for assistir aqui vai conferir o mesmo espetáculo que apresento nos navios onde trabalho, que passou pelo Rio, SP. Vão falar ‘estou assistindo como os das grandes cidades’. Temos a preocupação de fazer aqui a produção da mesma maneira, com luz, som, figurino, cenário. Vale lembrar que é uma peça, não é um stand-up onde o cara pega microfone, conta história. 

No meu caso são vários personagens, mais ou menos uns 20, além das imitações, e tudo dentro de contexto. Misturo realidade e ficção. Às vezes a realidade não é minha, mas conto de maneira que faço uma história ser parecida com a sua e com a de outras tantas pessoas na plateia. O pessoal se identifica. É muito legal.

JP3: Já foi visitar o Teatro Bruno Nitz?

EJ: Sim! O teatro de BC é maravilhoso. Viajo há muitos anos com teatro e posso dizer que o teatro de BC é muito bom. A acústica é muito boa, é muito gostoso, um teatro menor. Eu não sei se o público de BC e região é carente de teatro ou se o teatro é carente de gente, mas estamos com ótimas expectativas. Nossa peça vai ser toda quinta-feira, uma temporada para o pessoal poder conhecer. E pode ir mais de uma vez, tá? Pode ir em julho, de novo em agosto… porque nunca o espetáculo é o mesmo, sempre muda. Tem roteiro início, meio e fim, mas tem janela para a interação, troca de ideia com o público, e algo sai de engraçado no meio da interação com o público. Sempre rende muito. Acredito que vamos ter uma temporada muito boa.

JP3: Eri, como tem sido a interação com o pessoal nas ruas de Balneário? Você também está sempre na Praia Brava…

EJ: Ah! É o maior barato. Através da TV Globo consegui alcançar numa época muito maneira 90% das residências do Brasil. As novelas na época… as pessoas não saiam de casa até que acabasse! No teatro, dia de último capítulo de novela era derrota porque o público não saia de casa por nada. Esse tempo passou, hoje dá pra ver depois o último capítulo, mas as pessoas me reconhecem na rua e de maneira muito calorosa. Tenho recebido muito carinho. Tem gente que acha que não vai me encontrar, mas vai. Eu estou sempre por aí. E as pessoas estão muito felizes que estou aqui. Fico feliz com essa receptividade. Há uma receptividade gigantesca em relação a mim, isso pode ser convertido ao teatro, porque vamos entregar cultura, entretenimento, um espetáculo à altura de BC. Agradeço muito o carinho que estamos recebendo.

JP3: Podemos esperar mais projetos seus em Balneário? Como na área esportiva ou até outros de entretenimento?

Com o amigo Dado Faigel (Arquivo Pessoal)

EJ: Eu gosto muito de futevôlei, né… certamente podemos esperar. O Dado [Faigel, atleta e empresário do ramo] é meu amigo, é de Balneário, faz muito pelo esporte aqui. É um cara extremamente ligado ao esporte, produz esporte, e agora estará produzindo cultura e entretenimento. É difícil ter produtor dos dois nichos, e para o Dado fica menos difícil porque tem um relacionamento esportivo brilhante e agora relacionamento cultural que até então não tinha profissionalmente. Ele tem facilidade muito grande porque eu moro aqui agora. 

Se eu não morasse aqui, mesmo com nossa amizade, a passagem é cara do Rio para cá, tinha que ver hospedagem e tudo mais, mas agora vamos nessa, porque eu topo e estou aqui. O Dado me apresentou para as pessoas, fui no teatro, conheci o prefeito Fabrício Oliveira, o secretário de Turismo Thiago Velasques, a Denize Leite, da Fundação Cultural. Estamos conversando, conhecendo muitas pessoas. As oportunidades estão dando certo. Tudo o que pudermos fazer para agregar, socializar e de networking, vamos fazer. Tem um projeto que faço no navio Emoções, do Roberto Carlos em alto mar, que é o karaokê. Trouxemos ele para a rua, com banda, vocalista e eu apresento. Canto músicas, faço imitações, e abrimos para o público se inscrever, cantar ao vivo no palco com banda. Estamos procurando o lugar, já temos a banda. Temos que encontrar um lugar específico para que a pessoa tenha a experiência do palco, com refletor, se sentir artista. A ideia é fazer esse projeto nas sextas-feiras.

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