Desabrigados do RS precisam de apoio psicológico e alimentos prontos, diz Gugu Nader 

O deputado estadual Gugu Nader (Agir) está em Canoas, Rio Grande do Sul, oferecendo apoio às vítimas das recentes enchentes que têm assolado o estado. Com seu Panelão do Gugu’, ele tem servido refeições aos mais de 150 mil desabrigados do município. 

“Apenas um bairro de Canoas com 80 mil habitantes foi completamente inundado; seria o equivalente a perdermos toda a Região Noroeste de Goiânia”, relata o deputado. “É um local humilde, as pessoas estão em situação completamente desumana.” 

Gugu Nader afirma que a demanda água potável, a primeira necessidade dos refugiados, já foi suprida com doações de todo o Brasil, mas os canoenses seguem precisando de alimentos. “As pessoas precisam de refeições prontas, porque não têm onde preparar os alimentos não-perecíveis que recebem.”

Nos abrigos e nas ruas, Gugu Nader consegue distribuir de 7 a 8 mil refeições por dia, mas a quantidade está longe de ser suficiente, ele afirma. “É muito triste, porque as pessoas querem levar mais refeições; não podemos atender todo mundo”.

Gugu Nader afirma que distribui até 8 mil refeições por dia, mas quantia não é suficiente | Foto: Reprodução / Redes Sociais

Outra necessidade é o apoio psicológico, relata o deputado. “Hoje mesmo tivemos de separar uma briga de família dentro do abrigo. Os abrigos não são seguros; alguns têm milhares de pessoas, e são frequentados também por traficantes.”

Ainda existem moradores que, desde o começo do desastre, no início do mês de maio, não deixaram suas casas, e agora precisam de resgate. “Ouvimos helicópteros das equipes de salvamento o tempo todo. São pessoas que quiseram ficar em casa, mas agora adoecem com a água contaminada, e precisam de ajuda. Nas ruas alagadas, o cheiro de animais mortos é muito forte.”

As autoridades locais prevêm que, se não voltar a chover, a água deve voltar aos níveis normais em até 20 dias. “Mas, depois disso, para onde as pessoas vão? Suas casas estão destruídas. Com todo o apoio, a região levará pelo menos seis meses para ter alguma normalidade.”

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