Goiás registra um incêndio a cada duas horas em 2024

A estiagem, que começou em maio e deve se prolongar até meados de setembro, aumentou a preocupação sobre os incêndios. Com o clima árido, o número de ocorrências envolvendo o fogo deve aumentar em Goiás. 

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Apenas nos primeiros quatro meses do ano, o Corpo de Bombeiros registrou 56 incêndios florestais e 1.587 incêndios urbanos – uma média de um a cada duas horas. O dado representa um salto de 86,6% e 23%, respectivamente, no número de ocorrências registradas no mesmo período do ano passado. 

Em 2023, até abril, a corporação atuou em 30 incêndios florestais e 1.290 urbanos. Neste ano, a situação se agravou.

No último domingo, 19, um funcionário de uma petroquímica morreu após a empresa pegar fogo, em Senador Canedo. Outros três funcionários sofreram queimaduras de primeiro e terceiro grau devido a ação das chamas. Ainda não se sabe o que pode ter provocado o fogo.

“Grande parte dos incêndios são provocados pela ação humana, quando é colocado fogo em um lixo, um lote baldio. O fogo acaba perdendo o controle e virando um grande incêndio”, explicou o capitão do Corpo de Bombeiros, Paulineli Damasceno. 

Controle do fogo

O capitão diz que há técnicas para evitar a proliferação dos incêndios, sejam florestais ou urbanos, assim como de evacuação de área. Nessas operações, são usados caminhões e, em alguns casos, aviões, além de produtos e ferramentas para apagar as chamas e, claro, milhares de litros de água. 

Depois do controle, a corporação continua atuando no rescaldo. A ação pode durar horas ou até dias a depender do tamanho do incêndio e da área impactada.

“Há as perdas por parte do empresário e produtor rural. Os impactos também são observados diretamente na fauna e na flora, que acabam sucumbindo à ação do fogo. Isso provoca a morte de várias espécies e a perda dos nutrientes do solo”, afirmou o capitão. 

Crime ambiental 

Provocar incêndios em áreas urbanas e florestais sem autorização é considerado crime ambiental. A multa por destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa pode chegar a R$ 6 mil por hectare ou fração.

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