Construção civil gerou mais de 6,2 mil vagas de emprego em Goiás, mas não lidera o ranking; confira

O setor da construção civil mostrou forte recuperação nos três primeiros meses de 2024, após um baixo desempenho no último trimestre de 2023, com 84.996 vagas fechadas, Segundo dados do Caged/MTE, a construção gerou 109.911 vagas de emprego no Brasil, aumento de 16,8% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 94.065 vagas.

Goiás

O setor também apresentou crescimento em Goiás, com 3.353 oportunidades de trabalho somente em janeiro de 2024, um aumento de 17% em comparação a janeiro de 2023. Somadas aos meses de fevereiro (1.296) e março (1.625), as novas vagas na construção civil totalizaram 6.274 no primeiro trimestre do ano.

O segmento que mais registrou contratações formais no trimestre foi o de serviços, com 17.080 novos empregados. Na sequência aparecem: Agropecuária (9.911); Construção (6.274); Indústria (5.839); e Comércio (4.576). Veja abaixo os gráficos com os resultados somente de janeiro, mês do ano que apresentou os melhores resultados para a construção civil.

No acumulado dos três primeiros meses de 2024, o Brasil somou 719.033 novos empregos com carteira assinada, 34% a mais a mais em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 536.869 mil novos postos em janeiro, fevereiro e março. Do total, a Região Centro-Oeste foi responsável pela geração de 28.047 empregos.

Oportunidades de emprego na Capital

O recente avanço na construção civil tem gerado oportunidades tanto para profissionais experientes quanto para jovens iniciantes. Um exemplo é Valdilon da Silva Santana, de 19 anos, que foi contratado como servente em uma obra da Toctao Soluções em Engenharia. Natural de Xique-Xique, na Bahia, Valdilon trabalhava em fazendas antes de se mudar para Goiânia em busca de melhores oportunidades. Ele conseguiu seu primeiro emprego na construção civil em março e planeja desenvolver uma carreira na área.

Goiânia se destaca como a terceira cidade no Brasil que mais gera empregos no setor, com mais de 2 mil novas oportunidades somente nos dois primeiros meses deste ano. Atrás apenas das capitais São Paulo (11,8 mil) e Rio de Janeiro (5,3 mil). Os dados foram divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Serviço Social da Indústria (SESI).

O avanço do número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil evidencia o ritmo de atividades das empresas do setor. Até fevereiro de 2024, o setor possuía, em todo o País, 2,829 milhões de trabalhadores. No mesmo período do ano anterior este número era de 2,652 milhões. Ou seja, houve crescimento de 6,7% (cerca de 178 mil novos trabalhadores).

Administradora Ana Clara Jansen de Figueiredo

Esse momento de recuperação da construção civil também tem gerado oportunidades para profissionais com maior nível de qualificação, como é o caso da designer de interiores e administradora Ana Clara Jansen de Figueiredo. A profissional, que atua na área de relacionamento com o cliente, já tinha cinco anos de experiência no setor bancário, mas em novembro de 2023 decidiu mudar de área, e em poucos meses veio uma chance na construção civil, onde espera ter mais chances de atuar em sua área de formação. “Aqui em Goiás acho esse mercado de construção muito promissor”, avalia.

O segmento de luxo, com a construção de prédios de alto padrão, fez com que a capital goiana registrasse um recorde histórico na valorização do m² da cidade, em 2023, fazendo com que fosse considerada a segunda maior entre os 50 municípios pesquisados pelo índice FipeZap. Em 2023 foram lançados em Goiânia e Região Metropolitana 42 condomínios horizontais, o maior número dos últimos cinco anos.

Escassez de mão de obra

Com o crescimento exponencial na oferta de empregos, incorporadoras e construtoras goianas relatam falta de mão de obra. Uma pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção com 800 empresas, realizada no ano passado, já apontava a dificuldade em contratar profissionais qualificados. De acordo com o levantamento, 7 em cada 10 construtoras sofrem com essa escassez.

O mercado enfrenta a falta de profissionais, como mestres de obras, pedreiros, eletricistas, carpinteiros e engenheiros. Para lidar com isso, muitas empresas estão investindo em treinamento e capacitação, além de buscar a automatização de processos para reduzir a dependência de trabalho intensivo.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no primeiro trimestre deste ano, a falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados foi o principal obstáculo da construção civil.

Perspectivas para os próximos anos

A indústria deve se beneficiar de uma maior demanda por infraestrutura e construções residenciais, especialmente com a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida. Além disso, as expectativas são de continuação da redução da taxa Selic, os juros básicos do Banco Central, o que deve facilitar o acesso ao crédito e estimular ainda mais os investimentos no setor.

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