“Vai prefeito”: políticos comemoram 25ª Marcha dos Prefeitos em casa de prostituição

Entre os dias 20 e 23 de maio, representantes dos governos municipais de todo o país estiveram em Brasília para a 25ª Marcha dos Prefeitos. Com o tema “Pacto Federativo: um olhar para a população desprotegida”, foram 62 horas de programação para debater assuntos de interesse dos municípios no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). À noite, a pauta foi outra: os prefeitos comemoraram em uma boate de prostituição, a cerca de 800 metros da Esplanada dos Ministérios.

Na casa noturna, 50 garotas de programa davam tudo para conquistar a atenção de prefeitos e suas comitivas. Os chefes de dezenas de municípios de todo país haviam desembarcado em Brasília para um evento oficial, com assessores, passagem, estadia, hotel, tudo pago com verba pública. Após as agendas oficiais, as noitadas são regadas a álcool e sexo, sempre em altos valores.

“Vai, prefeito!”

Aos berros de “Vai, prefeito!”, era fácil identificar quando assessores gritavam e encorajavam o chefe da comitiva a abraçar e beijar as garotas durante os shows de striptease. Reportagem do Jornal Metrópoles acompanhou duas noites de festa comandadas pelos prefeitos e por seus grupos políticos no solo brasiliense.

Carros com placas pretas do Poder Executivo municipal indicavam a presença de prefeitos na boate. Dentro, rodeados por seguranças e ocupando mesas de veludo vermelho, políticos ostentavam “combos” caros para atrair as garotas mais cobiçadas. A casa oferecia cervejas a R$ 40 e garrafas de uísque a R$ 1.200. Um prefeito do interior paulista trocava de acompanhante a cada hora, buscando a companhia ideal entre as garotas, que se apresentavam em shows sensuais.

Anualmente, as prostitutas que trabalham na boate esperam com ansiedade pela Marcha dos Prefeitos. “É a hora de faturar. Os políticos chegam com vontade de gastar, e a gente precisa estar com disposição para ganhar”, afirmou uma das garotas que estava na casa e conversou com a reportagem sem saber que estava sendo gravada.

A morena de 20 anos, de Goiânia, se mudou para o Distrito Federal para ficar três dias no evento, hospedando-se com uma amiga no hotel anexo à boate. Ela relatou que o local é conveniente, pois permite acertar o programa e ir diretamente para um dos quartos. As tarifas variavam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil por uma hora de sexo. Políticos presentes, sem barganhar, acertavam o valor e rapidamente se dirigiam aos quartos ou saíam de carro com as acompanhantes.

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