Rio Grande do Sul: catástrofe mostra não só o lado do humano, mas também lado podre da tragédia ‘apocalíptica’

Furtos, abusos sexuais e a venda de produtos doados à população são alguns dos crimes praticados no Rio Grande do Sul em meio a tragédia provocada pelas chuvas. Até a manhã desta segunda-feira, 27, o estado contava com 169 mortos, 56 desaparecidos e 81 mil pessoas desalojadas, conforme boletim atualizado pela Defesa Civil gaúcha.

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Em um cenário catastrófico como o presenciado no Rio Grande do Sul, tido como “apocalíptico” por pessoas que trabalham nas buscas, é inimaginável pensar que há mulheres e crianças sendo abusadas em alguns dos 55 mil abrigos por moradores que também precisaram deixar as residências para sobreviver. 

Além do medo do crime físico, há ainda a preocupação com o desvio de insumos fornecidos aos gaúchos. Um goiano foi flagrado tentando vender garrafas de água provenientes de doações, em Canoas, um dos municípios afetados pelas enchentes.

O homem recebeu as garrafas de água de um grupo de comerciantes e produtores rurais de Piranhas (GO), mas foi denunciado por uma comerciante que negou comprar a mercadoria. O fato escancara a falta de ética e humanidade vivenciado no estado, que já enfrenta problemas suficientes provocados pela força da natureza. 

Há ainda quem foi até o local para se autopromover, como influencers e subcelebridades, que chegaram a ser duramente criticados – e com razão! Entretanto, a catástrofe também mostrou o lado generoso. Foram milhares de toneladas de roupas, alimentos, água potável e insumos doados, além do empenho de militares e civis de várias regiões do país para resgatar pessoas e animais ilhados.

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