O Código Eleitoral e as eleições presidenciais de 1945

*Carlos César Higa

E agora, Getúlio?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, Getúlio?

O fim da Segunda Guerra Mundial marcou a derrota do nazifascismo e a volta da democracia. Não fazia mais sentido governos autoritários. O Brasil de 1945 comemorava a volta dos seus heróis que foram para a guerra lutar contra tiranos. Como pode lutar contra a tirania no estrangeiro se em casa era um ditador quem governava. Não fazia sentido! Era contraditório!

Vargas sabia que seus dias no poder estavam contados, mas organizou um movimento de rua para mostrar aos adversários que ele era popular. O “Queremos Getúlio” ou Queremismo até fez algum barulho, mas não o suficiente para manter o ditador no cargo. Vargas queria ser Presidente até a escolha do seu sucessor. Em 28 de maio de 1945, ele publicou o Código Eleitoral que normatizaria as eleições gerais. Desde 1930 que os eleitores não votavam para presidente.

Naquele pleito, o candidato poderia representar vários estados. Vargas concorreu ao Senado até por São Paulo, estado que pegou em armas para tirá-lo do poder. O Senador Getúlio ficou pouco tempo no Palácio Monroe. Logo ele renunciou ao mandato parlamentar e voltou para a sua São Borja, nos pampas gaúchos.

E agora, Getúlio? Você marcha! Para onde? Para o Palácio do Catete.

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