Projeto de gastronomia cultural encerra circuito de pesquisas em municípios de origem germânica

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A primeira colônia alemã de Santa Catarina fecha o circuito de dez municípios catarinenses selecionados para o projeto cultural que, desde o princípio do ano, vem rastreando o universo da gastronomia com raízes germânicas no estado.

São Pedro de Alcântara, pequena cidade de 5.800 habitantes situada na Grande Florianópolis, terá dois estabelecimentos visitados pela equipe técnica do projeto nos dias 4 e 5 de junho.

Nove localidades, como Joinville, Blumenau, Campo Alegre, Brusque e Jaraguá do Sul, participaram das rodadas anteriores.

O chamado “Recheio Alemão” é a primeira iguaria a ser abordada no município.

O prato tradicional remonta à formação da colônia de São Pedro de Alcântara.

Também conhecido como “Saco de Velho” ou “Filz”, deriva do costumeiro recheio de aves assadas.

No passado, diante da escassez de galinhas ou patos, a produção do recheio cumpria o papel de prato principal, sendo cozido, em vez de assado.

A receita escolhida pelo projeto é preparada pelo casal Maria de Fátima Silveira e Daniel da Silveira – ele, autor de um livro com a história do prato.

Completa a escala a bolacha amanteigada de canela, receita da família Stähelin, uma das mais tradicionais do município.

Conta-se que Raquel Stähelin utilizou a receita, ensinada pela irmã, que aprendeu da avó paterna, como recurso para renda extra em um período que estava precisando para as finanças da família.

Deu certo: há 17 anos, ela e o marido Carlos produzem artesanalmente as bolachas para comercialização entre São Pedro de Alcântara e Florianópolis.

A receita segue padrões originais alemães, distinguindo-se pela crocância e tamanho.

A equipe avalia de forma positiva os resultados já alcançados.

“Chegar à reta final nos enriqueceu com muito conhecimento sobre a gastronomia de identidade germânica, entendendo seus desafios, seus sucessos e o notável amor pelas raízes, pela história, dos saberes e fazeres de gerações”, pontua a coordenadora técnica Helga Tytlik, que define o projeto como “uma extraordinária viagem sensorial” focada no patrimônio imaterial, mostrando “a interessantíssima cadeia produtiva que movimenta os insumos das receitas abordadas”.

Toda a pesquisa será divulgada em site próprio, além do lançamento de um livro (impresso e digital) reunindo histórias e curiosidades recolhidas entre os produtores e de um documentário.

Sobre o projeto

“Saberes e Fazeres da Gastronomia Germânica – uma Abordagem Territorializada” é um projeto realizado pela Agência Cultural AqueleTrio, por meio do Programa de Incentivo à Cultura, o PIC, do Governo do Estado de Santa Catarina, aprovado pela Fundação Catarinense de Cultura, e conta com o apoio de Hotel Tannenhof e o incentivo de Havan, Urbano Alimentos, Ciser e Celesc.

Instagram do projeto: @gastronomia_identitaria.

Assessoria de imprensa projeto

“Saberes e Fazeres da Gastronomia Germânica – uma Abordagem Territorializada”.

Mercado de Comunicação.

Jornalistas responsáveis:

Guilherme Diefenthaeler 

Ana Ribas Diefenthaeler

WhatsApp (47) 98403-2745

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