Nova decisão da Justiça volta a mexer no comando do PMB em Goiás; entenda

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu um mandado de segurança contra o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e o reconduziu à Presidência em Goiás, Santana Pires. A decisão foi publicada no último dia 23 e, nessa quarta-feira, 29, a antiga direção, afastada em 19 de fevereiro deste ano, foi novamente listada no sistema da Justiça Eleitoral.

O deferimento do mandado de segurança foi feito pelo ministro do TSE, Floriano de Azevedo. Nomeado presidente da legenda no Estado pela direção nacional, o advogado Wallace Braz informou, ao Jornal Opção, que já impetrou um agravo regimental, na quinta-feira, 28, contra a decisão.

Novamente à frente da sigla, Santana Pires disse à reportagem que “retorna com a missão de reorganizar o partido para as eleições de 2024”. “Reassumo o comando do partido com a responsabilidade ainda maior de reorganizar o partido nos municípios e vamos eleger prefeitos, vices e vereadores por todo o estado”, planeja.

No entanto, a direção atual classifica a gestão anterior de Santana Pires como desastrosa. O episódio em que o ex-presidente desacata e quase agride uma servidora pública da Câmara Municipal de Goiânia é lembrado.

Wallace ressalta que, na época, o caso culminou na saída dos vereadores do partido em Goiânia. No mesmo mês dos acontecimentos, em junho de 2023, Leandro Sena e Ronilson Reis solicitaram suas desfiliações.

Na Casa, a atitude de Santana contra a funcionária do Legislativo foi repudiada pelo presidente da Câmara, vereador Romário Policarpo (PRD), que enviou uma carta de repúdio para a presidente nacional do PMB, Suêd Haidar. Na mesma toada, a ouvidora da Mulher na Casa, vereadora Aava Santiago (PSDB), denunciou Pires por agressão, e o presidente da Comissão do Idoso, vereador Paulo Magalhães (UB), também condenou o episódio.

Ao Jornal Opção, rebateu as acusações e citou que após o episódio na Câmara teve inúmeros encontros com a cúpula nacional do PMB, comanda pela família de Suêd Haidar, que é a presidente Nacional, Seu Esposo, Sergio da Silva Bernardo, tesoureiro; e o filho deles, o advogado Sidclei Nogueira da Silva Bernardo, o Kiko, primeiro vice-presidente.

Em relação a prestações de contas, Santana informou que todas foram feitas dentro do prazo da Justiça Eleitoral.

Troca-troca

Após a saída de Santana Pires, o PMB em Goiás ficou por apenas oito dias sob o comando de Eduardo Macedo, que “perdeu” a direção para Braz. Macedo era presidente do PTB em Goiás, quando houve a fusão do partido com o Patriota, atualmente, Partido da Renovação Democrática (PRD). 

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