Jaraguá, a cidade de Goiás que não tem desemprego

Jaraguá está situada na região central do Estado de Goiás, abrigando uma população de aproximadamente 50 mil habitantes. Ao longo dos anos, a cidade tem experimentado um crescimento notável na indústria têxtil, tornando-se um polo de produção de confecções de alta qualidade não apenas para o mercado brasileiro, mas também para outros países. Segundo o prefeito Paulo Vitor (UB), a confecção se destaca como o principal motor da economia local.

Embora Jaraguá tenha sido por muito tempo associada à produção de réplicas e roupas falsificadas, o prefeito assegura que esse estigma ficou no passado. Ele destaca o surgimento de marcas próprias, vestindo desde cidadãos humildes até membros da alta sociedade, como o governador Ronaldo Caiado. Paulo Vitor explica que o setor emprega mais de dez mil pessoas, tanto diretamente quanto indiretamente, afirmando que o desemprego é praticamente inexistente na cidade.

Apesar da predominância de empresas na área têxtil, o prefeito observa que a arrecadação municipal ainda é modesta devido à presença significativa de Microempreendedores Individuais (MEIs). Desde que assumiu a administração em 2020, o prefeito de Jaraguá destaca a abertura de mais de 1000 empresas nesta modalidade, contribuindo para a formalização do emprego na cidade.

Embora a cidade ainda não faça parte do Programa Cinturão da Moda do governo estadual, Wesley Judson Texeira Martins, secretário de Indústria, Comércio, Turismo e Emprego de Jaraguá, destaca a conexão direta da cidade com o setor da moda na região da 44 em Goiânia, com várias facções produzindo para esse mercado.

Wesley fala ainda que mais de 1300 empresas com CNPJ ativo operam no ramo têxtil, registrando um crescimento superior a 22% durante a gestão atual. O o titular da pasta também enfatiza que Jaraguá enfrenta desafios para encontrar imóveis comerciais disponíveis, evidenciando a demanda crescente na cidade.

Já o prefeito menciona um projeto de construção de um outlet às margens da BR 153, que reunirá as marcas de grife produzidas localmente. Além disso, destaca o projeto Passarela da Moda, visando atrair compradores que transitam pela rodovia em direção a Goiânia. Um antigo galpão da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Goiás (Casego) será transformado em um outlet, contribuindo para a expansão do setor.

Lojista

Ana Paula, comerciante do ramo têxtil há mais de 10 anos, relata um aumento nas vendas nos últimos três, mesmo após a pandemia. Ela diz que conversa com outros lojistas e fabricantes que compartilham a mesma experiência. Ana Paula ressalta a falta de mão de obra e sugere que a próxima gestão deve atrair novos moradores para a cidade.

Trabalhadores

Jânio Bonfim, 24 anos, mora na cidade há 3 anos e é natural do Pará. Ele planejava morar na capital, mas enquanto estava dentro do ônibus, ouviu falar de Jaraguá e decidiu conferir pessoalmente. “Estava vindo para Goiás com o objetivo de morar em Goiânia, porém, ao ouvir algumas pessoas falando que em Jaraguá sobravam empregos, fiquei curioso. Hoje, estou morando aqui e não me arrependo”, reitera. Bonfim trabalha como motorista em uma fábrica.

Maria de Fátima, 43 anos, é costureira desde a adolescência. Ela trabalha em uma fábrica de roupas jeans há 2 anos. Assim como Bonfim, Maria não é goiana; ela veio do Piauí, trazida por uma irmã. “Minha irmã me falou que aqui era bom de emprego e que na minha profissão eu ia ‘rachar’ de ganhar dinheiro (risos). Eu até duvidei, mas hoje vejo que era verdade”, sublinha. Maria, no entanto, afirma que ainda não “rachou” de ganhar dinheiro, contudo, assegura que não voltará mais para o Piauí, a não ser para visitar familiares.

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