Por que Marcos Uchôa saiu da EBC? Ninguém esclareceu, nem o repórter

Um dos mais notáveis repórteres da televisão patropi, Marcos Uchôa trabalhou na TV Globo durante 34 anos — toda uma carreira (considerando-se que, no Brasil, aposenta-se com 35 anos de serviços prestados).

Falante de vários idiomas, Marcos Uchôa andou pelo mundo a serviço da boa informação, como correspondente. Cobria tudo — política, guerra e esporte.

Ao deixar a Globo, por sua própria iniciativa, não buscou espaço nas redes concorrentes — talvez por cansaço.

No governo de Lula da Silva, com o qual parece ter identidade política e ideológica, Marcos Uchôa — com acento circunflexo no “o” — se tornou âncora do “Conversa com o Presidente”.

Trata-se de um programa similar ao que era feito no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro… e, sim, não muito diferente das conversas ao pé do rádio (ou da lareira) do presidente Franklin D. Roosevelt, entre as décadas de 1930 e 1940, nos Estados Unidos. Portanto, ninguém copiou ninguém.

Na semana passada, Marcos Uchôa pediu o boné. Por quê? Vários jornais e sites deram que pediu demissão, mas nenhum esclareceu, ao menos não a contento, o motivo da saída. Nem o próprio jornalista apresentou uma explicação esclarecedora.

“Foi diferente, divertido, um privilégio para quem é repórter, mas eu preferi sair. Decisão minha”, disse Marcos Uchôa à repórter Marianna Holanda, da “Folha de S. Paulo”. O jornalista acrescentou: “Não houve nenhum desentendimento. Mas por razoes pessoais eu não podia mais continuar”.

Lauro Jardim, de “O Globo”, o primeiro a publicar a notícia, sugeriu que Marcos Uchôa teria recebido uma proposta de trabalho. Porém, o experiente profissional não diz qual foi a oferta “nova” de emprego.

Sabe-se que audiência das lives de Lula da Silva e Marcos Uchôa era baixa — irmã do traço. Depois de fazer “jornalismo de mercado”, o brilhante repórter decidiu fazer “jornalismo de Estado” — o velho jornalismo chapa-branquista.

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