Autonomia tecnológica é sobre desenvolvimeto e segurança nacional

O recente episódio envolvendo Israel e o Hezbollah ressalta uma questão crítica para a soberania nacional de qualquer país: a importância da autonomia tecnológica. Para o Brasil, um país com dimensões continentais e uma economia diversificada, essa questão é ainda mais premente. A dependência tecnológica não apenas limita a capacidade de resposta a desafios globais, mas também coloca a nação em uma posição vulnerável, sujeita aos interesses e ações de outras potências.

A história brasileira é marcada por iniciativas promissoras em tecnologia que, infelizmente, foram descontinuadas. Um exemplo notável foi o “chip do boi”, uma tecnologia de rastreamento para o gado que prometia revolucionar a agroindústria, mas que não alcançou seu pleno potencial devido a diversos fatores, incluindo falta de investimento e apoio contínuo. Outro caso foi o fechamento da empresa Telebras, que em tempos passados desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das telecomunicações no país.

No campo espacial, o Brasil ainda luta para consolidar sua posição. Apesar de alguns sucessos, como o lançamento de satélites para comunicação e observação, o investimento em tecnologia espacial ainda é considerado insuficiente. Isso é preocupante, pois o domínio espacial é estratégico para áreas como defesa, comunicação e pesquisa científica.

A autonomia tecnológica é uma questão de segurança nacional. Ela permite que o país desenvolva suas próprias soluções para problemas locais, fortaleça sua indústria e crie empregos. Além disso, reduz a vulnerabilidade a sanções internacionais e interrupções de cadeias de suprimentos globais. O Brasil, com seu vasto território, biodiversidade única e potencial econômico, tem todas as condições para ser um líder em inovação tecnológica.

Para alcançar esse objetivo, é necessário um compromisso de longo prazo com a pesquisa e desenvolvimento. Isso inclui investimentos consistentes em educação, incentivos para a indústria nacional, parcerias estratégicas e uma política clara de ciência e tecnologia. O caso de Israel e Hezbollah é um lembrete de que a tecnologia é um pilar fundamental para a soberania e a segurança de uma nação. O Brasil tem a oportunidade de aprender com o passado e construir um futuro onde a independência tecnológica seja uma realidade consolidada.

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