Brasil tem 12,3 mil favelas com 16,3 milhões de habitantes, diz Censo

O Brasil tem mais de 12,3 mil favelas e comunidades urbanas que abrigam mais de 16,3 milhões de pessoas. O número corresponde a 8,1% da população do Brasil. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados, colhidos através do Censo 2022, foram divulgados após o mapeamento de favelas e comunidades urbanas em 656 municípios. Apenas o estado de São Paulo possuía 3,1 mil favelas e comunidades urbanas, 25,3% do total. O Rio de Janeiro, por sua vez, concentrava 1,7 mil comunidades do tipo.

De acordo com o Censo, a presença de favelas é mais concentrada na faixa litorânea do país. Mesmo com essa característica, há presença expressiva de comunidades do tipo em áreas mais interioranas, como ao longo das margens dos principais rios da Amazônia.

A Rocinha, no Rio de Janeiro, é a favela mais populosa do Brasil, com 72 mil habitantes. Na sequência figura o Sol Nascente, no Distrito Federal (DF), com mais de 70 mil moradores. Em terceiro lugar está Paraisópolis, em São Paulo (SP), com 58 mil residentes.

“O aumento observado não representa, necessariamente, crescimento apenas demográfico, uma vez que a identificação dessas áreas foi aperfeiçoada na última operação, assim como o mapeamento e a classificação desses territórios, o que explica, em parte, tal diferença”, observa a autarquia.

Segundo o dado do IBGE, cerca de 48,3% da população residente em favelas e comunidades urbanas é formada por homens, e as mulheres correspondem a 51,7%. Em relação à cor ou raça, 56,8% se declaram pardos, e 16,1%, pretos. Completam a lista 26,6% brancos, 0,1% amarelos e 0,8% indígenas.

Os dados apontam que existem 6,5 milhões de domicílios em favelas e comunidade urbanas, o que representa 7,2% das residências do país. Do total, 84,8% (cerca de 5,6 milhões) eram unidades particulares permanentes ocupadas. Em relação a domicílio desse tipo, 93,3% são casas e apenas 2,8% das residências são apartamentos.

Já sobre acesso a serviços públicos, os dados apontam que 86,4% dos domicílios particulares permanentes ocupados possuíam ligação à rede geral e a utilizavam como forma principal de abastecimento de água. Além disso, o esgotamento sanitário de 74,6% dos municípios estava conectado à rede geral, pluvial, fossa séptica ou filtro.

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