“É necessário repensar a lógica da habitação social longe dos centros”, diz Sabrina Garcez

O déficit habitacional em Goiânia atinge 27.403 moradias, segundo o cadastro habitacional do município. As residências são incluídas nas faixas 1, 2 ou 3, conforme definido pelo governo federal. A forma de resolver o problema é simples: construir moradias populares para suprir a demanda da população.

No Estado, a predominância do déficit habitacional no Estado é em famílias com até dois salários mínimos de renda domiciliar (R$ 2.850), prioritariamente aqueles da Faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal (79,83%).

O déficit habitacional consiste na diferença entre a demanda e a oferta disponível por moradias e habitações adequadas. O número é reflexo da quantidade de famílias que precisam de moradia, que muitas vezes supera o número de residências que atendam às condições mínimas de habitabilidade, como segurança, salubridade e acesso a serviços básicos.

Ao Jornal Opção, a vereadora Sabrina Garcez (Republicanos) explicou que a habitação é um ponto que precisa ser tratado com dedicação específica. Para que o problema seja sanado, é necessário construir novas habitações para pessoas vulneráveis e com preços mais acessíveis em regiões mais centrais. “Foi pensado em fazer habitações em regiões mais afastadas dos centros da cidade porque o terreno era mais barato. Isso faz com que exista dificuldades estruturais como o deslocamento com o transporte coletivo, a infraestrutura que inexiste nesses locais, entre outros. Então é necessário repensar nessa logística e trazer essas habitações para regiões mais centrais”, disse.

Segundo Sabrina, um dos caminhos para que isso ocorra passa pelo programa CentralizaGyn. “Temos regiões como o Centro e Campinas onde houveram fuga dos moradores e ficou apenas o centro comercial. A revitalização do Centro pode ajudar a trazer moradores e negócios de volta. O projeto ainda precisa de pequenos ajustes, claro, mas é unânime que o Centro precisa de reforma e isso pode resolver parte do problema de habitação com a revitalização de prédios que estão abandonados na região”, diz.

“Precisamos, também, adaptar as moradias que já existem lá para famílias modernas. Os prédios do Centro são de décadas atrás onde as famílias eram maiores. Hoje, precisamos pensar em apartamentos de um ou dois quartos, que são suficientes para famílias menores. Isso faz com que os preços de alugueis, por exemplo, caiam e façam com que novos moradores possam ocupar aquela região”, continua.

Sabrina lembrou de pedidos de setores específicos, como a manutenção da Art Déco na região, o que será feita por meio de incentivos. “Hoje os donos de prédios que são considerados tombados são imputados com pagar a manutenção para a preservação dos locais. A cidade deve participar disso e deve ajudar financeiramente esses proprietários”, afirmou.

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