Presidente do Cidadania em Goiás expressa alívio com fim de federação com PSDB: “Foi ruim para o partido”

Presidente do Cidadania em Goiás, o empresário Michel Roriz não escondeu o alívio após a formalização do fim da federação da legenda com o PSDB. A não renovação da aliança foi oficializada na última semana, em reunião da cúpula do Cidadania. Para Roriz, o partido de Marconi Perillo não soube manejar uma federação com um partido menor e acabou por asfixiá-lo. “Foi muito ruim para o Cidadania, perdemos muita coisa”.

O pedido de registro da federação foi deferido em maio de 2022. Conforme destacado na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da época, a “federação tem por objetivo a atuação política conjunta dos partidos federados, como se um único partido fosse, inclusive nos processos eleitorais e no funcionamento nas Casas Legislativas de todos os níveis”.

Com isso, tucanos e membros do Cidadania disputaram, juntos, o pleito de 2022 e 2024. Nesse ínterim, a aliança passou por intensos atritos em Goiás. Em julho do ano passado, por exemplo, conforme noticiado pelo Jornal Opção, as duas legendas, apesar de federadas, entraram em pé de guerra na escolha do candidato que disputaria a Prefeitura de Anápolis.

Na ocasião, o Cidadania acusou os tucanos de mudarem a data da convenção partidária de forma unilateral e sem aviso prévio, numa “conduta desesperadas pelo poder, que fere os princípios morais e de relações dentro da federação”. A cúpula regional do PSDB rebateu, dizendo que havia cumprindo o estatuto da federação à risca.

Os partidos acabaram fazendo as pazes, formando uma chapa com PSDB na cabeça e Cidadania na vice.

Porém, ao traçar um panorama, Michel Roriz afirma que o Cidadania muito mais perdeu do que ganhou. O empresário fez coro ao dirigente nacional do partido, Comte Bittencourt, que lembrou em entrevista ao UOL que, com a federação, a legenda perdeu o governador da Paraíba, João Azevedo, hoje no PSB; o prefeito de Macapá, Dr. Furlan, que foi para o MDB; além de deputados e senadores.

Em Goiânia, o único parlamentar que estava no partido, o vereador Pedro Azulão Jr., saiu para se filiar ao MDB. Hoje, o Cidadania não possui nenhum vereador. Apesar dos desgastes e perdas, Roriz diz que a legenda “sai mais forte da federação do que quando entrou”. “Saímos maiores no âmbito de termos um melhor entendimento sobre a reestruturação do partido”, conclui.

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