Entenda por que candidaturas avulsas ao Senado não são bom negócio eleitoral pra base governista

Você sabia que o empresário Wilder Morais, do PL, foi eleito senador, em 2022, com apenas 25,25% dos votos válidos, ou seja, 799.022 votos? Ou seja, 74,75% dos eleitores goianos disseram “não” ao candidato bolsonarista.

O segundo colocado, Marconi Perillo, do PSDB, ficou com 19,80%, quer dizer, 626.662 votos.

Agora a parte mais interessante e reveladora dos dados — o que poucos discutiram e discutem: somados, os quatro candidatos da base governista obtiveram 42,68% dos votos válidos, isto, 1.341.754 votos. Uma votação extraordinária. 542.732 votos a mais do que Wilder Morais.

Terceiro colocado no pleito, Delegado Waldir Soares, do União Brasil, conquistou 17,04% dos votos válidos (539.219 votos), seguido de Alexandre Baldy, do pP, com 12,85% (406.379 votos).

Somente Delegado Waldir e Alexandre Baldy, juntos, receberam 935.598 votos — 136.576 votos a mais do que Wilder Morais.

João Campos (Republicanos) obteve 11,07% dos votos válidos (350.222 votos), seguido de Vilmar Rocha (PSD), que ficou com 1,77% (55.934 votos).

O que os números, que não mentem, estão dizendo? Que a base governista — leia-se governador Ronaldo Caiado, do União Brasil, e o vice-governador Daniel Vilela, do MDB — não deveria investir politicamente, mais uma vez, em chapas avulsas.

Chapas avulsas podem ser positivas para as oposições, mas não para a situação. Pode-se sugerir, inclusive, que Wilder Morais foi eleito menos pelo fato de ser bolsonarista e muito mais pela atomização das candidaturas governistas. A votação do governismo foi extraordinária, porém, com a divisões, com quatro candidatos, o postulante do PL foi imensamente favorecido.

O racionalismo político sugere que, em 2026, daqui a um ano e quatro meses, a base governista caminhe com apenas dois candidatos a senador — como Gracinha Caiado, do União Brasil, e Gustavo Mendanha, do MDB. A concentração de votos em dois nomes pode ser altamente positiva.

Há, claro, a possibilidade de o PL compor a chapa governista — com Major Vitor Hugo, vereador em Goiânia, ou Gustavo Gayer, deputado federal. Tudo indica que Jair Bolsonaro aposta numa grande aliança em Goiás… com Ronaldo Caiado e Daniel Vilela. (E.F.B.)

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