O deputado federal Chiquinho Braz\u00e3o (Sem partido-RJ) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ser solto ap\u00f3s passar mais de um ano numa penitenci\u00e1ria federal, sob a acusa\u00e7\u00e3o de ser o mentor da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em mar\u00e7o de 2018.<\/strong> \u00a0A defesa do parlamentar alega \u201crisco elevado de morte\u201d caso ele continue preso e solicita que ele passe para um regime domiciliar humanit\u00e1rio, com a imposi\u00e7\u00e3o de outras medidas cautelares, diversas da pris\u00e3o preventiva em regime fechado. O pedido foi protocolado na noite desta quarta-feira (2).<\/p>\n<\/p>\n O pedido relata que o r\u00e9u possui cardiopatia grave, sendo constatados pelos m\u00e9dicos da pris\u00e3o epis\u00f3dios de angina (dor causada pelo baixo volume de sangue no cora\u00e7\u00e3o).<\/strong> Dentro da pris\u00e3o, Braz\u00e3o chegou a ser submetido a um cateterismo e a uma cirurgia para a instala\u00e7\u00e3o de um stent<\/em>, dispositivo para restaurar o fluxo sangu\u00edneo, conta a defesa.<\/p>\n Os procedimentos foram realizados ap\u00f3s Moraes ter negado um pedido de soltura anterior, que teve parecer desfavor\u00e1vel da Procuradoria-Geral da Rep\u00fablica (PGR). Na ocasi\u00e3o, o \u00f3rg\u00e3o de acusa\u00e7\u00e3o afirmou que Braz\u00e3o pode obter tratamento m\u00e9dico adequado na cadeia em que est\u00e1 custodiado, o pres\u00eddio federal de Campo Grande.<\/p>\n Os advogados alegam ainda o agravamento do descontrole da press\u00e3o arterial e da diabetes, patologias para as quais Braz\u00e3o se trata h\u00e1 quase 20 anos, o que tem levado tamb\u00e9m \u00e0 insufici\u00eancia renal, constatada depois de exame minucioso na unidade prisional. <\/strong>Foram anexadas fotos para mostrar a perda de peso do r\u00e9u, que j\u00e1 emagreceu mais de 20kg na pris\u00e3o.\u00a0<\/p>\n \u201cN\u00e3o se desconhece que a concess\u00e3o de regime domiciliar \u00e9 excepcional, contudo, no presente caso, como ficou demonstrado, o postulante \u00e9 portador de doen\u00e7as graves que est\u00e3o nitidamente fora de controle, de modo que \u00e9 muito elevado o risco de eventos card\u00edacos graves, de perda s\u00fabita da capacidade renal e de morte\u201d, afirmam os quatro advogados que representam Braz\u00e3o.<\/p>\n O deputado Chiquinho Braz\u00e3o foi preso em mar\u00e7o do ano passado junto com seu irm\u00e3o, Domingos Braz\u00e3o, que \u00e9 conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.<\/strong> Desde ent\u00e3o, ambos foram denunciados pela PGR como mandantes do assassinato de Marielle, ap\u00f3s terem sido delatados pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, executor confesso do crime.<\/p>\n Tanto o parlamentar como o conselheiro do TCE t\u00eam conseguido manter-se no cargo desde que foram presos. Na C\u00e2mara, o gabinete de Chiquinho segue em funcionamento, com mais de duas dezenas de assessores ativos, enquanto seu processo de cassa\u00e7\u00e3o segue empacado na Comiss\u00e3o de \u00c9tica da Casa. O deputado continua recebendo seu sal\u00e1rio normalmente.<\/p>\n Al\u00e9m deles, encontra-se preso preventivamente h\u00e1 mais de um ano o ex-chefe da Pol\u00edcia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, tamb\u00e9m denunciado por planejar e ordenar a morte de Marielle.<\/p>\n Barbosa tamb\u00e9m pediu recentemente para ser solto, mas a PGR defendeu que ele continue preso. O \u00f3rg\u00e3o dever\u00e1 agora se manifestar tamb\u00e9m sobre a liberdade solicitada por Chiquinho Braz\u00e3o.<\/p>\n Num primeiro momento, depois de receber o parecer do Minist\u00e9rio P\u00fablico, cabe a Moraes decidir sobre a necessidade ou n\u00e3o de que os r\u00e9us continuem presos enquanto respondem \u00e0 a\u00e7\u00e3o penal no Supremo. Em caso de negativa, as defesas podem recorrer \u00e0 Primeira Turma, colegiado composto por cinco ministros e respons\u00e1vel pelo tr\u00e2mite do processo.<\/strong><\/p>\n *Mat\u00e9ria alterada \u00e0s 14h09 para acr\u00e9scimo de informa\u00e7\u00f5es.<\/em><\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O deputado federal Chiquinho Braz\u00e3o (Sem partido-RJ) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ser solto ap\u00f3s passar mais de um ano numa penitenci\u00e1ria federal, sob a acusa\u00e7\u00e3o de ser o mentor da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em… Continue lendo
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