Há 5 anos, moradores e Dnit alertaram para situação precária de ponte que caiu

Motoristas, moradores e documentos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), datados de cinco anos atrás, alertaram sobre os problemas estruturais da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, que caiu no último domingo, 22. A estrutura, inaugurada em 1960, liga os estados do Maranhão e Tocantins.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, quatro pessoas morreram e 13 seguem desaparecidas. A causa do desabamento ainda será investigada, porém, de acordo com documentos do Dnit, a estrutura tinha fissuras, danificações e irregularidades há anos.

Ao menos oito veículos caíram no rio com o desabamento. Caminhões-tanque carregados com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas estão entre os automóveis, o que causou contaminação no rio. A contaminação fez com que as buscam fossem suspensas por um período, mas elas já foram retomadas.

Denúncias sobre rachaduras na ponte já eram feitas por quem passava pelo local há bastante tempo. Em um documento de janeiro de 2020, o Dnit apontou “vibrações excessivas”.

Além disso, a análise identificou danificações no balanço lateral da ponte e irregularidades na geometria das lâminas. Ferragens também estavam expostas e corroídas e havia fissuras em todos os pilares da ponte.

Em maio, documentos sobre a ponte foram anexados a um edital de R$ 13 milhões do Dnit para a contratação de empresa a fim de fornecer estudos preliminares e executar as obras de reabilitação. A licitação foi fracassada, sendo que nenhuma empresa venceu o leilão.

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