Maior loja de jiboias fica no Brasil e vende espécies por até R$ 40 mil

Motivo de medo e desejo, as cobras têm “ocupado o lugar” de gatos e cachorros como animais de estimação exóticos em residências no Brasil e no exterior. Apenas o criatório Jibóias Brasil, localizado em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, fatura R$ 1 milhão por ano com a venda de jiboias e jiboias arco-íris. Segundo o biólogo e empresário Tiago de Oliveira, trata-se do maior criatório especializado neste tipo de animal da América Latina. 

LEIA TAMBÉM

Tráfico de animais silvestres e em risco de extinção inunda redes sociais em Goiás

Tráfico de animais silvestres: Goiás registrou 55 ocorrências em 2024

“As cobras têm atraído compradores principalmente pela praticidade, pois dão pouco trabalho e gostam de ficar mais reclusas, facilitando a saída dos donos sem preocupação. Também são animais que não transmitem doenças, o que gera pouco gastos com veterinários. A procura tem crescido”, disse ao site O Tempo

Apesar de não haver números específicos sobre a venda de cobras no país, a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e o Instituto Pet Brasil (IPB) estimam que o número de répteis de estimação subiu de 2,6 milhões, em 2022, para 2,8 milhões, em 2023, uma alta de 7,6% em um ano.

O empresário conta que as vendas são realizadas de forma online e os animais são comprados ainda filhotes, geralmente a partir dos quatro meses de idade, o que facilita o manejo e convivência. Já o custo para se adquirir uma jibóia não é exatamente baixo, com preço médio que varia de R$ 2.500 a R$ 10 mil. Ele já chegou a vender um animal por R$ 20 mil – preço máximo alcançado na loja. 

“Algumas espécies se reproduzem mais, outras menos. Quanto mais raro, mais caro. O cliente também precisa fazer um investimento inicial para a construção do terrário, pois a cobra não pode ser criada solta dentro de casa. O custo fica entre R$ 1.500 e R$ 3 mil, dependendo dos materiais usados”, explica.

A bióloga Paula Grivielli, de 42 anos, que tinha um sonho antigo de criar cobras e, adquiriu três apenas nos primeiros dias de 2025: Cookie, Dolores e Hoppe. Segundo ela, a praticidade e a fácil manutenção foram determinantes. 

Outro motivo para a aquisição, segundo a bióloga informou ao O Tempo, é o baixo custo com alimentação do animal. Segundo Tiago, quando são filhotes, as jiboias se alimentam a cada dez dias. Na idade adulta, comem a cada 30 dias – prazo que pode chegar a dois meses. O “lanche” das jiboias é composto principalmente de ratos congelados e oferecidos pela empresa aos clientes. 

“Um roedor custa de R$ 4 a R$ 30 a unidade. Considerando que um animal adulto come pouco, o custo é baixo. A expectativa de vida das cobras também é alta. Em média, esse tipo de animal vive de 20 a 25 anos, podendo chegar a 40 anos de idade. O cliente investe em um animal que vai viver por muito tempo”, diz. 

Cuidado ao comprar

Os profissionais também são unânimes ao recomendar a compra responsável, para não correr o risco de adquirir animais vítimas de tráfico ou maus tratos. A única forma de possuir um animal silvestre legalizado é adquirir o animal de um criadouro ou estabelecimento comercial autorizado. 

Antigamente, a permissão era feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Mas, agora, elas acontecem via órgãos estaduais. O cliente também deve exigir a nota fiscal contendo espécie e marcação do animal e certificado de origem com a mesma espécie e marcação da nota fiscal. 

O post Maior loja de jiboias fica no Brasil e vende espécies por até R$ 40 mil apareceu primeiro em Jornal Opção.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.