Vereadores querem nova reunião para discutir rombo de R$ 3,6 bi apontado por Mabel

O presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (PRD), afirmou nesta segunda-feira, 24, que deseja mais esclarecimentos sobre a dívida de Goiânia. Após a prestação de contas, ele declarou que a discrepância entre os dados oficiais e o quantitativo apresentado pelo prefeito Sandro Mabel (UB) “assusta”. Por isso, ele deseja agendar uma nova reunião com o prefeito e o secretário da Fazenda, Valdivino de Oliveira.

“Quando ele apresenta mais de R$ 3 bilhões, isso nos assusta”, disse Senna em entrevista, após a audiência pública. “Então, já combinei com o prefeito e o secretário da Fazenda para nos reunirmos e nos mostrarem onde estão esses números, por que essa diferença é tão distante do que está acontecendo. Nós vamos analisar esses números em detalhes”, informou.

A discrepância entre os números também chama a atenção de outros vereadores na Casa, incluindo Kátia Maria (PT). “Se essa dívida existe, ela precisaria estar na prestação de contas como ‘restos a pagar’. No relatório, aparece apenas uma dívida de R$ 1,6 bilhão, o que equivale a cerca de 12% da receita prevista para 2025. Além disso, é necessário apresentar um cronograma de pagamento dessa dívida”, explicou a parlamentar.

Para o líder do governo na Casa, Igor Franco (MDB), não há contradições entre os números apresentados oficialmente e os apresentados por Mabel. “Todos sabem da dificuldade que foi assumir a Prefeitura de Goiânia, justamente pelo déficit orçamentário. (…) Não há contradição, número é só número, é exato”, disse o vereador.

Próxima prestação

O presidente da Comissão Mista adiantou que a próxima prestação de contas, a do primeiro quadrimestre de 2025, já da gestão Mabel, será realizada daqui a dois meses. Ele espera que a audiência pública seja realizada já com os dados da dívida citados pelo prefeito.

CEIs da Saúde e do Rombo

Durante a prestação de contas, os vereadores do Partido Liberal (PL) aproveitaram para abordar a questão das Comissões Especiais de Inquérito (CEIs) da Saúde e do Rombo. Eles pediram que o prefeito libere sua base de vereadores para assinar os documentos.

Para William Veloso (PL), o projeto da CEI está em “compasso de espera, com sete de 13 assinaturas necessárias para a abertura, mas ele aguarda que a situação mude. “O prefeito deixou claro que nunca foi contra, o que está gravado, então vamos ver o que os vereadores vão fazer a partir disso. Talvez, com a liberação dele, os vereadores repensem”, afirmou.

Já a CEI de Vitor Hugo (PL), que quer investigar o rombo na saúde pública da capital, conta com oito assinaturas até o momento, mas o vereador também acredita que possa conseguir novas assinaturas com o posicionamento do prefeito. “Eu espero que isso estimule outros vereadores a assinarem. Espero que, ao longo dessa semana, eu consiga mais algumas assinaturas, para que a gente possa fazer o nosso trabalho”, pontuou.

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